quinta-feira, junho 19, 2008

José Régio, à janela da saudade.


Entre Deus e o diabo poetaste
Genial criador vila-condense;
Ambivalente mar tu navegaste
E ousaste remar contra a corrente.
Poesia, romance, até ensaio
Tudo tu cultivaste com mestria;
Caíste, fulminante como um raio
Iluminaste a noite-hipocrisia.
Hoje, 'inda fazes falta, bem sabemos,
Faz falta a tua luz, a claridade,
Do teu sol-lucidez, sol da verdade.
No teu olhar sereno nós (re)lemos
Tua mensagem viva, e podemos
Contemplar o mar nobre da saudade...

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