O caso Millenium BCP tem dado azo a mil-e-um palpites qual deles o mais idiota, qual deles o mais oportunista. É um fartar vilanagem!
Vêm agora dizer que falhou a supervisão do Banco de Portugal no tocante a certos factos que
poderão ser considerados pouco lícitos e pedem a "cabeça" do governador, Vítor Constâncio.
Mesmo que seja um facto indesmentível essa falha de supervisão (admito-a sem rebuço) é caso para perguntar: foi o governador que andou a fazer a inspecção?
É óbvio que qualquer inspecção não é exaustiva, é feita com base em amostragens, em análises parcelares, em universos reduzidos. Se não não haveria tempo nem pessoal para controlar tudo. Aqueles que criticam o Estado policial sabem que falo de medidas preventivas e de posições dissuasoras com intuitos pedagógicos. Não se pode fiscalizar tudo e todos! Era preciso um exército policial bem numeroso!
Havendo falhas (o que é natural e legítimo), há que tirar ilações para o futuro. Há que corrigir metodologias e ampliar o leque de acções inspectivas. Quiçá, mudar as pessoas, actuar de forma diferente no tempo e no modo.
Agora vir a público pedir a demissão do governador por que houve uma falha (talvez por má fé ou omissão dolosa de quem está à frente da instituição visada) é, no mínimo, ridículo, caricato, pouco ético.
Não tenho procuração para defender seja quem for, mas, face a certo histerismo justicialista era bom que metessem a viola no saco aqueles que ainda há bem pouco tempo faziam mil e uma tropelias na Moderna (vide Boas-Festas e Amostra, duas empresas criadas ad hoc... com intuitos pouco transparentes...), ou iam recorrer aos serviços de um tal Jacinto Capelo Rego para fugirem às suas responsabilidades... Bem prega Frei Tomás!...
E cada vez há mais espécimes na nossa praça!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário