Agora, leia-se o blogue do Dr Santana Lopes (http//pedrosantanalopes.blogspot.com) e atente-se no post "adamastorzinho"...
A dado passo diz ele com jactância: "Qualquer pessoa minimamente inteligente sabe que não se fala de alguém que se despreza quanto ele fala sobre mim" (sic).
É o Dr Pedro Santana Lopes no seu melhor! Vale a pena consultar o seu blogue! Fica-se a compreender melhor a essência da sua personalidade. Eu próprio deixei lá um comentário, espero que saiba interpretar o seu teor. É um indivíduo inteligente q.b. para destrinçar a ironia do aplauso acéfalo...
Nesse post, o Dr Lopes quer lançar às urtigas o seu rival Dr Pacheco Pereira, mas fá-lo com tanta superficialidade, com tanto rancor, com tanta acrimónia mal contida, que sai o tiro pela culatra! É vê-lo a invocar a sua credibilidade alicerçada nos votos que lá conseguiu, na Figueira da Foz, à custa de um prolongado investimento na zona, com despesas faraónicas em restaurantes e outros locais... É vê-lo a zurzir sem dó nem piedade sobre um correligionário que tem outros horizontes morais, que tem da vida um conceito bem mais elevado; não é um aperaltado sempre ávido de futilidades e/ou fulgores mediáticos mais ou menos vácuos e sensaborões.
É vê-lo, qual pavão donjuanesco a tentar amesquinhar um intelectual probo, um lutador convicto, um apaixonado criador literário, um cultor da liberdade e dos mecanismos que a ela conduzem...
Nada me move contra PSL, nem sequer sou simpatizante de PP, longe disso!
Mas sempre gostei de separar o trigo do joio, sempre procurei destrinçar os que fazem da política um sacerdócio (ou tentam fazer...), dos que são bacantes histriónicos usando a dita cuja com artimanha para conseguirem patamares de promoção mais altaneiros, ou para almejarem foruns mediáticos mais lisonjeiros. Enfim, a política é apenas a vidinha! no seu conceito mais egocêntrico e narcisista.
Conheço a trajectória política de PP e a de PSL. Um começou no marxismo-leninismo que absorveu com empenho, procurando extraír dele o que de mais válido e socialmente aproveitável tinha, como método de abordagem de uma realidade multifacetada; enfrentou problemas de consciência, sofreu perseguições, deu a alma para ir ao âmago das coisas, quis ser verdadeiro e mais atento à realidade circundante, não se deixou narcotizar pelas ladainhas estereotipadas que vinham de Leste. Corrigiu a trajectória, com esforço, com sofrimento interior, podou as raizes ideológicas que lhe moldaram o carácter e plasmaram o espírito de tolerância que procurou cultivar na medida do possível. Vê-se que procura ser honesto consigo e tem aquela dose de utopia com que procura a quadratura deste círculo que é a nossa vida política quotidiana. Não é perfeito mas detesta os mecanismos corruptores, as malfeitorias de alguns populismos de meia tijela que andam por aí a espalhar hiperprivatizações como a nova panaceia universal... Não, não é o narciso, muito pelo contrário...
O outro, ex-pupilo de Kaúlza de Arriaga, procurou encostar-se a Sá Carneiro, tal e qual as lianas se encostam às araucárias... ainda hoje, passados tantos anos, está sempre a invocar essa proximidade (mais física do que intelectual, diga-se em abono da verdade) para colher dividendos, para reivindicar protagonismo, exibir galões...
Cavaco Silva, (esse sim,talvez mais próximo dos "genes" sacarneiristas...)em tempos, soube medi-lo de alto a baixo e dizer o que pensava sobre o seu perfil, sobre o seu modus operandi, sobre a sua sui generis estratégia ascencional.
Com um tremendismo espalhafatoso e tonitruante ameaçou abandonar a política porque alguém ironizou com o seu gosto pelos copos e pela boémia. Conseguiu o abraço tutelar de Jorge Sampaio. que o demoveu da perda irreparável para a Nação!!!
Respeito aqueles que fazem da noite o seu ganha-pão, o seu trabalho honrado e honesto, mas quem procura na política lugares ao sol, só pela frequência da movida e dos locais cor-de-rosa como trunfo de marialvismo, isso não. Há que estudar, ler dossiês. estar a par dos assuntos mais candentes, interrogar-se sobre a forma de economizar e reduzir o despesismo, em vez de o empolar saciando clientelismos de utilidade duvidosa, como santanetes e outras excrescências mais vocacionadas para encher o olho do que para prestar serviços.
Enfim, entre PSL e PP eu opto pelo mais lúcido, mais íntegro, mais útil ao país numa conjuntura de sacrifício colectivo em que as cigarras devem ser postas no seu devido lugar e as formigas colocadas no pedestal que merecem.
Credibilidade não é vangloriar-se de votos conseguidos à custa de sabe-se lá que promessas ou cumplicidades vampirescas. Cristo ao que me conste nunca ganhou eleições, no entanto é a credibilidade suprema.
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