domingo, janeiro 27, 2008

Holocausto - 63 anos passaram!


«Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança»!!!
Quem diria?!
Foi no dia 27 de Janeiro de 1945 que o campo de concentração de Auschwitz foi libertado. O mundo ficou estupefacto com o rol de atrocidades cometidas sobre judeus e algumas minorias que cairam sob a alçada despótica de Hitler, Goering, Himler e tantos outros «iluminados» que pretendiam criar uma raça mais «pura», um mundo mais «perfeito». Para tal engendraram os «laboratórios» como Dachau, Treblinka, Bergen-Belsen, Buchanwald e tantos outros, onde a imaginação não tinha limites no tocante ao extermínio e massacre de homens por outros homens.
Durante o desenrolar da guerra os comentários sobre estes campos surgiam, amiúde, encapotados por medo e quiçá por uma certa sede de «vingança» por parte de alguns católicos, pois os judeus eram considerados os carrascos de Cristo. Daí, supõe-se, um silêncio tácito da parte da hierarquia da Igreja católica. Mais tarde, João Paulo II, em nome da dita IC haveria de se penitenciar... Era tarde demais. A IC anda sempre a reboque. Nos momentos difíceis, quando a corrupção e o arbítrio imperam, ela abriga-se debaixo da asa protectora dos carrascos... É vê-la, hoje em dia, ao lado de «Jardins» e quejandos, que ferem a sensibilidade de qualquer democrata lúcido e consciente. O termo «fascista», por vezes, é demasiado redutor...
Era vê-la, ao lado de Pinochet, esse carrasco beato que gostava muito de Te Deums, mas que era um torcionário da pior espécie. Era vê-la ao lado de Videla, esse monstro que perseguia até à morte os adversários políticos. Era vê-la ao lado de Salazar e Franco, sempre atenta, veneradora e obrigada. Sempre politicamente grata, sempre usando o púlpito (e a homilia dominical, para tecer hossanas e cantar panegíricos aos ditadores do momento).
Havia um candidato a presidente de câmara que não era casado pela Igreja e mereceu severas críticas dos padres, por esse facto irrelevante. Depois, passou a exercer o poder, passou a dar chorudas mordomias aos ditos cujos e passou a ter «fumos de santidade», passou a ser candidato aos altares. Esse grande «taumaturgo» que se passeia pelo mar de Beiriz como Cristo passeava sobre o mar Morto... impunemente, miraculosamente, tem tiques antidemocráticos notórios.
Os holocaustos, ainda que em pequenas proporções, aindam existem. As perseguições, ainda que por vezes apenas feitas pela «cachorrada» menor, ainda são o pão nosso de cada dia... há quem persiga usando a família, os amigos, o poder do dinheiro...
Hitlers há-os em potência em muitos locais. Precisam que a impunidade seja total (e não parcial) para que levem avante a sua «Solução Final». Neste momento, é apenas o tribunal, mas criando-se as condições para tal, poderão ser muito piores...
O Holocausto existiu e é preciso avivar sempre a memória das novas gerações. Para quê?
Para que se veja a génese do processo. Para que se saiba que começou na degenerescência da justiça e acabou na impunidade total.
Esquecer é permitir o afloramento de um caldo de cultura onde a impunidade seja o denominador comum. Esquecer é destruír as defesas do organismo social contra as pandemias totalitárias que espreitam em qualquer localidade. Se calhar, nalgum local perto de si.

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