
Um blogue plurifacetado procurando abordar questões de interesse sob perspectivas diversificadas. A independência sim, mas sempre subordinada a parâmetros de bom senso, de optimismo e de realismo. O mundo e a sociedade sob o olhar atento e desassombrado de um cineasta do quotidiano, um iconoclasta moderno, sem peias, sem tabus, sem preconceitos.
quinta-feira, janeiro 31, 2008
Corrupção & Bom Senso...

segunda-feira, janeiro 28, 2008
Preparação carnavalesca!... o Rei discursa!

domingo, janeiro 27, 2008
Holocausto - 63 anos passaram!

Regenerar Abril!

sábado, janeiro 26, 2008
Diálogo de Civilizações


sexta-feira, janeiro 25, 2008
Democracia e postura republicana.

quinta-feira, janeiro 24, 2008
Os «jardins» da vida airada...

quarta-feira, janeiro 23, 2008
A Mafia assumida com orgulho!

Quem pensasse que A J Jardim iria ficar indignado com o outdoor do PND ficou redondamente enganado. Ele assume a sua inclinação mafiosa com orgulho. Ele não renega o seu modus operandi nem a sua idiossincrasia.
Mas o que é bem mais grave é a propagação deste comportamento um pouco por todo o Portugal, como se fora uma papoila em seara alentejana. Este tipo de praxis começa a ser apontado como um paradigma, como a quinta-essência, como algo de lógico e de inevitável.
Alastra como a sida ou qualquer outra pandemia, sem que haja uma medida preventiva, uma acção profilática da parte de quem deveria tomar providências.
E porquê? Porque a ética e o escrúpulo passaram de moda; ninguém tem moral para apontar seja o que for porque mergulha no lodaçal da promiscuidade; quem o não faz, por princípio, por escrúpulo, é logo apodado de «invejoso», «maledicente», quando não, de «louco»!...
O que se passa na justiça na Madeira é criticável, mas... e nalguns locais deste país?
Há um clima de impunidade total. Há a convicção de que só assim se ganham eleições. Só vendendo a alma ao diabo se consegue o céu do poder!
Vejam-se os sinais exteriores de riqueza de alguns magistrados. Analise-se o crescimento patrimonial de algum clero. Alguns professores entram na política, mas quando saem
ostentam sinais inconfundíveis sobre a forma como exerceram o seu magistério...
Ainda há dias afiançava uma senhora da judiciária (alto responsável) que nas autarquias o mal (corrupção) era generalizado (ou seja, ia da base à cúpula da pirâmide hierárquica).
Noutros tempos o presidente da ANMP viria à liça exigir explicações, mas agora já nem se dá ao cuidado de o fazer.
Jardim é apenas a parte visível do icebergue. O grande mal é que eles já pululam e dominam a superestrutura jurídico-política como se fosse um cancro irreversível. Até quando?
A resposta pertence a todos os portugueses de bom senso e com vergonha na cara.
segunda-feira, janeiro 21, 2008
Diálogo com Eça de Queiroz

«Portugal é um manicómio em autogestão!»

O «Grito de Ipiranga» já esteve mais longe, a olhar para o discurso inFLAMAdo de Jardim, ainda há bem pouco tempo, ameaçando, de novo, a secessão!
«Portugal é um manicómio em autogestão!»
Esta frase foi proferida por alguém no pós-25 de Abril. Correu mundo e procurava anatematizar tudo o que acontecia neste jardim à beira-mar plantado. Cometeram-se excessos, foram feitas afirmações a raiar a loucura, a comunicação social procurava ser original e demarcar-se do cinzentismo do antigo regime.
Recordo-me que o então arcebispo de Braga foi mandado despir no aeroporto sob suspeita de tráfico de droga e/ou pedras preciosas; suspeitava-se de tudo e de todos; Otelo ameaçava os «ricos» de os colocar todos no Campo Pequeno; enfim, o país vivia em sobressalto permanente.
Os boatos proliferavam como cogumelos , as notícias eram contraditórias, havia desmentidos a todo o momento.
A poeira assentou. Os jornais e TV's começaram a ser menos espalhafatosos. O comedimento passou a ser a norma.
Mas ainda há, por vezes, uns surtos epidémicos de sensacionalismo.
Há dias uma criança morreu a caminho de um hospital. Os pais reconheceram que ela estava muito mal, a esperança de sobrevivência era remota. Mas... e há sempre um «mas» nestas coisas do sensacionalismo, o momento era propício a lançar mais um alarmismo. A política do ministério da Saúde, com todos os incómodos que está a gerar junto das populações, também tem sido mote para arma de arremesso no combate político.
Vai daí, toca a dizer-se que a criança morreu por causa do ministro, por causa das medidas de austeridade (polémicas, mas, segundo o próprio Jorge Sampaio, necessárias e «corajosas»...), enfim, o cadáver de uma criança a ser lançado como arma de arremesso, como aríete à cara do ministro.
Uma coisa é certa: a política da Saúde é da responsabilidade de todo um governo, de toda uma equipa que, apesar de tudo, continua a não ser muito penalizada nas sondagens . Por que será?
Porquê?!!
Porque a oposição é medíocre. Porque os argumentos ostentados pelos candidatos ao poder são paupérrimos e de uma infantilidade arrepiante. Dir-se-ia :«pior a emenda que o soneto»!
Menezes quer, segundo afirma aos quatro ventos, «desmantelar» o Estado. E quer fazê-lo rapidamente. Tem uma fúria privatizadora que precisa de toneladas de Prozac para acalmar, usa terminologias aberrantes para catalogar o governo e não diz absolutamente nada sobre o que pensa fazer no concreto sobre temas candentes. É bombástico, mas oco e demagógico!
Enfim, o «manicónio em autogestão» está aí para as curvas. E Menezes não apresenta melhorias em relação a Sócrates. Que esperar de Portugal?
Será que o único com carácter, com uns resquícios de lucidez, ainda é o sensato «Napoleão de hospício»? - como o catalogou de forma arrogante, João Salgueiro, no congresso da Figueira da Foz... que acabaria por vencer?! Esse sim, parece manter os neurónios em excelente forma. Até ver...
sábado, janeiro 19, 2008
Bem prega Frei Tomás...

«A concórdia traz consigo a ordem e a beleza; ao contrário, de um conflito permanente só podem resultar a confusão, as lutas selvagens. Ora, para dirimir este conflito e cortar o mal na sua raiz
as Instituições possuem uma virtude admirável e múltipla.»
«E, primeiramente, toda a economia das verdades religiosas de que a Igreja é guarda e intérprete, é de natureza a aproximar e reconciliar os ricos e os pobres, lembrando às duas classes os seus deveres mútuos e, primeiro que todos os outros, os que derivam da justiça.»
A Igreja católica tem procurado ao longo dos tempos ser a candeia que ilumina, o farol da clarividência, contudo, a sua praxis, amiúde, é totalmente contrária ao que postula na teoria.
Nesta Encíclica, que visava atacar as visões marxistas e colectivistas, entra-se no domínio da abstracção e elenca-se um conjunto de piedosas intenções para combater o «terrível flagelo»...
Ao longo da História vimos a Igreja apoiar a escravatura, a reprimir a mulher, a apoiar censuras à ciência, à arte, à cultura em todas as suas manifestações mais progressistas. Depois, corrigindo a sua postura, mas sempre na cauda do pelotão, vem pedir perdão, pedir desculpas pelos seus ignominiosos actos. Às vezes, tarde demais. Foi assim com os judeus, com Galileu, etc...
Sempre critiquei a Igreja no presente por aquilo que considero cedências ao status quo, por submissões indignas aos poderes políticos corruptos, por apoios descarados aos exploradores, aos argentários, aos que usam o poder em seu (e do seu restrito grupo de ungidos...) proveito.
Tenho sido perseguido por causa disso, de forma ostensiva e descarada. Tenho sido alvo dos ataques e das calúnias mais torpes. Tenho recorrido à justiça (sou contra o uso de bombas ou sevícias... como alguns que vestem sotaina e usam cabeção...) e de pouco vale.
A «justiça» de que fala Leão III na «Rerum Novarum» é algo de flexível, de volúvel, de dúplice.
Tal como Janus tem duas caras: uma para o rico e poderoso, outra para o pobre. Diria quase uma prostituta de luxo.
Um indivíduo deu-se ao luxo de me perseguir durante meses usando os termos mais soezes, mais execráveis, acusando-me de ser contra os padres, contra a fé, contra Deus. Dizia ( sem nunca o ter provado, mesmo na instância judicial a que recorri...) que eu insultaria sua esposa e filha. Alegava que eu seria um doente mental perigoso, ao serviço de Sócrates, e que seria um ricaço sempre a meter pessoas em tribunal!!!
Ora, a única vez que tentei processar alguém (cheio de razão e com fartas provas documentais) vi-me impossibilitado de o fazer pois o juiz não me concedeu assistência judiciária e não dispunha de dinheiro suificiente para pagar custas e restantes encargos inerentes a tal tipo de acção...
Ao serviço de quem andaria este sujeito? Que credibilidade teria? Que motivações profundas comandariam o seu pertinaz e obstinado desígnio difamatório?
Fiquei espantado com algumas conclusões que não divulgo agora, por questão de respeito e de recato. Ele (o difamador) enviou-me um e-mail a pedir perdão pela sua insensata atitude. Afirma que já sabe quem o calunia e persegue e não sou eu. Mas não o fez no blogue e no jornal que lhe deu guarida. A calúnia ficou lá, intocável, sem nenhum retoque, sem nenhuma acção de contrição ou o mínimo remorso de quem lavrou tal estendal de torpes mentiras. Julgo que há intenção nisso. Para ser utilizado (oportunamente) por alguém que sabe que eu sei coisas a seu respeito e quer utilizar isso como arma de arremesso contra mim. Há intenção dolosa óbvia. Há a intenção de perpetuar a calúnia para a tornar verdade, como fazia Hitler e a sua clique. Mesmo sabendo que é mentira, que é uma miserável calúnia, o seu autor - homem de formação académica superior, frequentando um mestrado em Literatura Comparada, no Porto - nada faz para a retirar, ou minorar os danos causados... Fez o mal e a caramunha, mas não quer que se saiba!
Repugnante má-fé. Hedionda malfeitoria. Pulhice sem perdão. E, para espanto meu, há quem sempre de mão no peito, sempre jurando seriedade e uma imaculada postura, se sirva disso.
A doutrina social da Igreja serve para tudo. Até para que alguns, de voz doce e modos melifluos, lancem mão de métodos medievais, de acções execráveis, de canalhices sem nome.
Que Deus, na sua infinita midericórdia, lhes perdoe. Contudo, jamais esquecerei.
Morrer de pé!

quinta-feira, janeiro 17, 2008
Três tipos de jornalismo...

Os amigos são para as ocasiões!...
Jornalismo tipo A:
O distinto cónego Melo Peixoto, figura polémica na Igreja, consegue congregar apoios em quase todos os quadrantes; embora haja quem o considere um anti-comunista primário ele não se assume como tal e afirma ter muitos amigos nessa área.
Dotado de uma rara sensibilidade artística e diplomática, com voz melíflua e insinuante, consegue penetrar com facilidade em universos bem díspares como o futebol, os media, os negócios, a gastronomia. Enfim, um polivalente na acepção mais grada do termo.
Embora acusado de calúnias torpes, nunca foi processado e sempre se assumiu como vítima da maledicência e da inveja de alguns sectores da nossa sociedade. Amigo do seu amigo, é capaz de meter cunhas para defender algum autarca, algum empreiteiro, algum jovem ou alguma jovem transviados do bom caminho. Tal como o padre Américo de saudosa memória, para ele não há rapazes maus. Todo o homem é bom por natureza. Há é que saber tocar no seu lado positivo, na sua candura e bondade intrínsecas.
Pedagogo de elevados méritos, salientou-se como ex-combatente, sendo sempre um homem de elevado sentido pátrio, não se coibindo de acções temerárias quando em jogo os princípios que considere sagrados para a sua consciência. Grangeou uma multidão de apoiantes que chegou ao ponto de querer erigir-lhe uma estátua, coisa que feria a sua natural modéstia e foi ostensivamente abandonada. Está perpetuado na cripta do Sameiro ao lado da sua tão querida Nossa Senhora do Sameiro, imagem de rara qualidade artística e alvo da curiosidade geral.
Embora figura polémica e não consensual assume-se como um lutador por causas que considere justas, um combatente da justiça e dos sãos princípios familiares e morais.
Dotado de bom relacionamento a nível empresarial é solicitado para resolver ou amenizar conflitos a nível do poder, saindo-se, frequentemente, muito bem dessas tarefas de elevado melindre. Não se assume como homem de poder, muito embora saiba que o tem, ainda que por interpostas entidades. Ele sabe como poucos esgrimir na arena social com a arma da palavra, com a sua postura serena e tranquila mais própria de um monge.
Assume que já meteu cunhas, sem hipocrisias aceita essa prática como forma de dar satisfação ao dever de amizade, com retribuição de favores recebidos ou como tributo de lealdade para os que lhe são fiéis. Servo da vinha do Senhor, com ironia aceita as críticas, as maledicências e os sarcasmos que atribui ao ódio de inimigos de estimação, pessoas com o carácter inquinado por ideologias dissolventes e atentatórias de Deus, da Pátria e da Família, os três pilares onde assenta a sua rica e contagiante personalidade humanística.
Jornalismo tipo B:
O cónego Melo encerra o que de pior tem a Igreja Católica nos dias de hoje. Ingerência na esfera política, acção intimidatória junto da instância judicial, envolvência nos meandrosos lodosos do dirigismo desportivo. Enfim, depois do que se disse dele no Verão quente de 75, em que Ramiro Moreira, o conhecido bombista, afirmou pública e frontalmente que ele o acompanhava no acto de lançamento dos engenhos explosivos, chegando ao ponto de fazer comentários de satisfação quando ouvia o estampido medonho da bomba, é lícito perguntar:
__ Será que este homem de Deus não tinha consciência de que estava a comprometer com a sua acção leviana e diabólica, a própria Santa Madre Igreja? Ou será que agiu sob a sua autoridade para perpetrar os hediondos actos? Será que beneficiou de protecção especial por isso?
Quando o vemos, aberta e frontalmente, a afrontar a justiça, como o fez no ostensivo apoio ao gerente da Bragaparques, acusado de corrupção activa (processo em curso na comarca de Lisboa) num jantar com ecos televisivos de grande sensacionalismo, será que não vê que poderá ser incómodo para a Igreja esta postura desafiante e pouco ética? Ou agirá a mando da própria Igreja?
Quando o vemos a defender publicamente autarcas envoltos em nuvens de corrupção, mas, verdade se diga, muito empenhados na causa da fé (coisa que não era vulgar antes de serem autarcas... dando a entender que só agem assim na mira de obtenção de apoios dos púlpitos e de absolvições sumárias a troco de fortes e inusitados apoios ao clero e seus agentes), será que o faz de motu próprio ou age concertado com a própria Igreja, numa acção estratégica bem congeminada no sentido de uma aliança de poder puro e duro? Será um ponta-de-lança de um fundamentalismo indígena?!
As interrogações aqui ficam à consideração das pessoas cultas, inteligentes e com sãos princípios éticos e morais. Essas pessoas, sem preconceitos ideológicos, sem grilhões partidários (como o autor destas linhas), devem meditar profundamente sobre a ausência de comentários da hierarquia da Igreja sobre este modus actuandi pouco escrupuloso do seu pastor. Estará a cumprir ordens superiores? Se não, por quê o silêncio cúmplice da hierarquia?
Em abono da verdade, devo frisar aqui o vibrante e enfático apelo feito por Sua Santidade Bento XVI à Igreja portuguesa (coisa nunca vista anteriormente) e que poderá contemplar (não é pacífico nem consensual que assim seja, porque Sua Santidade não foi muito objectivo na crítica...) comportamentos destes que ferem de morte a credibilidade de uma Instituição honrada e que não tem culpa da existência destas excrescências putrefactas e ominosas.
O regime está em decadência e os valores éticos e morais que deveriam nortear a sociedade estão em decadência. Fazer a apologia da cunha é o mais natural hoje em dia.Vimos Ângelo Correia, com desassombro e tranquilidade, fazê-lo. Vemos o cónego Melo gabar-se dessa praxis. Esquecem esses senhores que, para haver um contemplado (quiçá injustamente, mais bafejado pelo apoio do «padrinho» do que pelos seus méritos intrínsecos) poderão existir dezenas de marginalizados, de ostracizados por essa nefasta influência. O benefício de um «ungido pelo padrinho» terá sempre o remorso de ter lançado para o desemprego ou para a valeta do esquecimento dezenas ou centenas de pessoas íntegras, honestas, que ou não querem ou não podem usar a «cunha» como arsenal curricular.
Será que na câmara da Póvoa de Varzim também estão implantados estes valores que o cónego Melo apregoa alto e bom som? Será que há cunhas para ganhar empreitadas, será que há influências para arranjar empregos na autarquia?
Honi soit qui mal y pense!
Jornalismo tipo C:
Leiam por favor a revista Notícias Magazine de 13 de Janeiro de 2008 (nº 819).
Banca ao serviço da economia ou o inverso?!

quarta-feira, janeiro 16, 2008
A Pasta & a Posta: o antigo e o actual regime...

Corrupção gera crise e... novos "Patinhas"...

Que credibilidade para o poder que se deixa enredar nas malhas da corrupção?
Ganhar eleições não dá direito a tudo, nem ser dono da verdade!
Quem ganha, tem «passaporte»
Em constante exibição!
Narciso!, é um fartote,
Na auto-bajulação!
Hitler também já ganhou
Mais que um acto eleitoral
Página negra deixou
Na história universal.
Nem sempre ganha o melhor,
Há tanta injustiça, eu sei,
Até o «idiota-mor»
Pode ser da gente o «Rei»!
Quando não há igualdade
As armas são desiguais,
Mentir é... falar verdade
Rameiras são... as «vestais»!
Quando o jogo é viciado
O dinheiro tudo abafa:
Íntegro, é um «safado»!
O ladrão é que se safa!
Até a cultura cede
Faz vénias ao capital,
Óbulos ao poder pede,
Dele fica... serviçal!
Cultura grata e servil
Botas ao poder lambendo,
Vemos aí asnos mil
A cultura empobrecendo!
A País sempre a afundar
No charco-promiscuidade
«Patinhas» a flutuar
Neste mar... de impunidade!
NOTA: Isto é uma crítica ao país no seu todo, não se pense que a corrupção está localizada.
O mal está generalizado, tal e qual uma pandemia!
terça-feira, janeiro 15, 2008
Credibilidade e populismo!...


Agora, leia-se o blogue do Dr Santana Lopes (http//pedrosantanalopes.blogspot.com) e atente-se no post "adamastorzinho"...
A dado passo diz ele com jactância: "Qualquer pessoa minimamente inteligente sabe que não se fala de alguém que se despreza quanto ele fala sobre mim" (sic).
É o Dr Pedro Santana Lopes no seu melhor! Vale a pena consultar o seu blogue! Fica-se a compreender melhor a essência da sua personalidade. Eu próprio deixei lá um comentário, espero que saiba interpretar o seu teor. É um indivíduo inteligente q.b. para destrinçar a ironia do aplauso acéfalo...
Nesse post, o Dr Lopes quer lançar às urtigas o seu rival Dr Pacheco Pereira, mas fá-lo com tanta superficialidade, com tanto rancor, com tanta acrimónia mal contida, que sai o tiro pela culatra! É vê-lo a invocar a sua credibilidade alicerçada nos votos que lá conseguiu, na Figueira da Foz, à custa de um prolongado investimento na zona, com despesas faraónicas em restaurantes e outros locais... É vê-lo a zurzir sem dó nem piedade sobre um correligionário que tem outros horizontes morais, que tem da vida um conceito bem mais elevado; não é um aperaltado sempre ávido de futilidades e/ou fulgores mediáticos mais ou menos vácuos e sensaborões.
É vê-lo, qual pavão donjuanesco a tentar amesquinhar um intelectual probo, um lutador convicto, um apaixonado criador literário, um cultor da liberdade e dos mecanismos que a ela conduzem...
Nada me move contra PSL, nem sequer sou simpatizante de PP, longe disso!
Mas sempre gostei de separar o trigo do joio, sempre procurei destrinçar os que fazem da política um sacerdócio (ou tentam fazer...), dos que são bacantes histriónicos usando a dita cuja com artimanha para conseguirem patamares de promoção mais altaneiros, ou para almejarem foruns mediáticos mais lisonjeiros. Enfim, a política é apenas a vidinha! no seu conceito mais egocêntrico e narcisista.
Conheço a trajectória política de PP e a de PSL. Um começou no marxismo-leninismo que absorveu com empenho, procurando extraír dele o que de mais válido e socialmente aproveitável tinha, como método de abordagem de uma realidade multifacetada; enfrentou problemas de consciência, sofreu perseguições, deu a alma para ir ao âmago das coisas, quis ser verdadeiro e mais atento à realidade circundante, não se deixou narcotizar pelas ladainhas estereotipadas que vinham de Leste. Corrigiu a trajectória, com esforço, com sofrimento interior, podou as raizes ideológicas que lhe moldaram o carácter e plasmaram o espírito de tolerância que procurou cultivar na medida do possível. Vê-se que procura ser honesto consigo e tem aquela dose de utopia com que procura a quadratura deste círculo que é a nossa vida política quotidiana. Não é perfeito mas detesta os mecanismos corruptores, as malfeitorias de alguns populismos de meia tijela que andam por aí a espalhar hiperprivatizações como a nova panaceia universal... Não, não é o narciso, muito pelo contrário...
O outro, ex-pupilo de Kaúlza de Arriaga, procurou encostar-se a Sá Carneiro, tal e qual as lianas se encostam às araucárias... ainda hoje, passados tantos anos, está sempre a invocar essa proximidade (mais física do que intelectual, diga-se em abono da verdade) para colher dividendos, para reivindicar protagonismo, exibir galões...
Cavaco Silva, (esse sim,talvez mais próximo dos "genes" sacarneiristas...)em tempos, soube medi-lo de alto a baixo e dizer o que pensava sobre o seu perfil, sobre o seu modus operandi, sobre a sua sui generis estratégia ascencional.
Com um tremendismo espalhafatoso e tonitruante ameaçou abandonar a política porque alguém ironizou com o seu gosto pelos copos e pela boémia. Conseguiu o abraço tutelar de Jorge Sampaio. que o demoveu da perda irreparável para a Nação!!!
Respeito aqueles que fazem da noite o seu ganha-pão, o seu trabalho honrado e honesto, mas quem procura na política lugares ao sol, só pela frequência da movida e dos locais cor-de-rosa como trunfo de marialvismo, isso não. Há que estudar, ler dossiês. estar a par dos assuntos mais candentes, interrogar-se sobre a forma de economizar e reduzir o despesismo, em vez de o empolar saciando clientelismos de utilidade duvidosa, como santanetes e outras excrescências mais vocacionadas para encher o olho do que para prestar serviços.
Enfim, entre PSL e PP eu opto pelo mais lúcido, mais íntegro, mais útil ao país numa conjuntura de sacrifício colectivo em que as cigarras devem ser postas no seu devido lugar e as formigas colocadas no pedestal que merecem.
Credibilidade não é vangloriar-se de votos conseguidos à custa de sabe-se lá que promessas ou cumplicidades vampirescas. Cristo ao que me conste nunca ganhou eleições, no entanto é a credibilidade suprema.
domingo, janeiro 13, 2008
Mário Soares versus Sócrates, neoliberalismo em pano de fundo.

Neo-liberalismo sim ou não?
Privatizar é a panaceia capaz de nos conduzir ao sucesso?
Recentemente Mário Soares e José Sócrates disseram de sua justiça sobre temas actuais e sempre polémicos: o neo-liberalismo e as privatizações.
Mário Soares, prudente e cauteloso, velha raposa da política, olhando com desconfiança para o rumo que as coisas vão tomando na cena indígena (e não só) com casos de desregramento e atingindo o limiar da corrupção, teceu críticas ao modelo económico que vai sendo prosseguido a nível nacional. Diz que as privatizações em excesso são contraproducentes e poderão conduzir a abusos de toda a ordem, gerando injustiça social, abuso de poder, asfixia do tecido económico empresarial pelas multinacionais e pela banca (sobretudo). Pequenos e médios empresários estarão a médio prazo na penúria e/ou a braços com grave crise.
Sócrates é menos pessimista. Acredita nas virtualidades do actual sistema e não vislumbra malefícios em certas privatizações. Admite uma saudável supervisão, acha indispensável uma regulação prudente a fim de que abusos possam ser controlados ou punidos quando ocorrerem.
Enfim, duas visões não necessariamente antitéticas, duas perspectivas diversas sobre uma realidade que por vezes vai assumindo contornos preocupantes. Vemos o exército de desempregados a aumentar, assistimos a um caudal emigratório cada vez mais volumoso, contemplamos uma dificuldade cada vez maior na procura de emprego para os jovens; paredes meias floresce a corrupção (subtil ou encapotada às vezes), vemos a ineficácia da justiça como uma janela panorâmica onde desagua a injustiça social a todos os níveis; vemos o poder económico a controlar o poder político, o mediático, o judicial...
Assistimos a habilidades sem conta na procura de saciar a voracidade do sector privado à custa de meios públicos: na Saúde esta artimanha ganha estatuto de eleição, nas autarquias o recurso a empresas municipais em profusão mais não é do que capciosa forma de engordar bolsos privados à custa do erário público...
O que é isto senão liberalismo selvagem, o que é isto senão anarcoliberalismo visando extorquir aos cofres do Estado valores que serão encaminhados para cofres privados? Se há trasfega de bens e recursos de todos nós para o pecúlio de uma elite que vai enriquecendo paulatinamente, quem nos garante que os decisores políticos não receberão prebendas por essa postura tão generosa?!
Há até quem sugira que certas decisões do foro judicial são o corolário de um conjunto de factores pressionantes que desaguam, não raro, em favores políticos de elevado teor compensatório. Basta abrir os olhos e ver o que se passa à vista de todos. Para alguns já se atingiu o patamar do nepotismo mais desbragado!
Será que o neo-liberalismo nos vai atirar ainda mais para a cauda do pelotão europeu?
ergunar não ofebde...
sexta-feira, janeiro 11, 2008
Alcochete: tiro certeiro!

Assédio sexual: fim à vista! Solução vem do Egipto!...
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quarta-feira, janeiro 09, 2008
Tratado de Lisboa: referendar ou não, eis a questão!

terça-feira, janeiro 08, 2008
Supervisão Bancária
Vêm agora dizer que falhou a supervisão do Banco de Portugal no tocante a certos factos que
poderão ser considerados pouco lícitos e pedem a "cabeça" do governador, Vítor Constâncio.
Mesmo que seja um facto indesmentível essa falha de supervisão (admito-a sem rebuço) é caso para perguntar: foi o governador que andou a fazer a inspecção?
É óbvio que qualquer inspecção não é exaustiva, é feita com base em amostragens, em análises parcelares, em universos reduzidos. Se não não haveria tempo nem pessoal para controlar tudo. Aqueles que criticam o Estado policial sabem que falo de medidas preventivas e de posições dissuasoras com intuitos pedagógicos. Não se pode fiscalizar tudo e todos! Era preciso um exército policial bem numeroso!
Havendo falhas (o que é natural e legítimo), há que tirar ilações para o futuro. Há que corrigir metodologias e ampliar o leque de acções inspectivas. Quiçá, mudar as pessoas, actuar de forma diferente no tempo e no modo.
Agora vir a público pedir a demissão do governador por que houve uma falha (talvez por má fé ou omissão dolosa de quem está à frente da instituição visada) é, no mínimo, ridículo, caricato, pouco ético.
Não tenho procuração para defender seja quem for, mas, face a certo histerismo justicialista era bom que metessem a viola no saco aqueles que ainda há bem pouco tempo faziam mil e uma tropelias na Moderna (vide Boas-Festas e Amostra, duas empresas criadas ad hoc... com intuitos pouco transparentes...), ou iam recorrer aos serviços de um tal Jacinto Capelo Rego para fugirem às suas responsabilidades... Bem prega Frei Tomás!...
E cada vez há mais espécimes na nossa praça!...
sábado, janeiro 05, 2008
Na Educação: Masoquismo ou reformismo?!
