Extracto de processo movido ao eng Antonio Carneiro da Silva
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Ao longo da minha vida tenho defendido pessoas e instituições de quadrante ideológico diferente do meu. O caso vertente reporta-se a uma «perseguição» movida ao Eng chefe da Câmara municipal de Vila do Conde. Ele era afecto ao CDS, enquanto eu era independente nas listas do PSD na AM.
Contou-me que andava a ser perseguido pelo presidente em conluio com o engº Mata Lima. Queriam acusá-lo de autos de medição «excessivos» para o apearem do seu lugar de chefia a fim de ser lá colocado o engº Mata Lima, que, segundo ele, seria afecto ao presidente. Mostrou-me o documento supra que seria extraído do processo disciplinar que lhe fora movido.
Em suma, a estratégia seria esta: aliciar um empreiteiro para receber menos do que teria direito, para incriminar o eng Carneiro, compensando-o deste favor, mais tarde, em outras empreitadas! Cesteiro que faz um cesto...
Enfim, isto abria a porta a uma envolvência pouco séria e nada transparente. Fiquei indignado. Disse-me mais: que dera boleia a um empregado da câmara do cine Teatro Neiva até ao restaurante Pioneiro, onde almoçava, e que, dois dias depois, ao parar para lhe dar outra vez boleia, este contara-lhe que fora chamado à câmara e o presidente o proibira terminantemente de voltar a falar com ele! Perseguição pessoal do mais baixo nível!
Tenho todos os motivos para acreditar na seriedade do engº Carneiro. Também tenho fortes motivos para duvidar da honorobilidade do engº Almeida. Assim, pedi ao alto comissário contra a corrupção que analisasse este tema pois era melindroso e escrevi textualmente dando conta da minha apreensão e sentido de Estado. Sim, o caso não era para menos, poderia estar em causa até a integridade psíquica de alguém! Do presidente, claro...
Escrevi isto: «um clima de terror e de intimidação é imposto em Vila do Conde a certos funcionários camarários e a certas pessoas que, pelo exercício de determinados cargos políticos, são obrigados a tomarem posições públicas».
Isto foi escrito a 23 de Abril, para meu espanto, a 13 de Setembro já estava na posse do presidente! A AACC era obrigada a manter absoluto sigilo. Não o fez. Permitiu que o meu apelo para a defesa de um homem que estava a ser perseguido, fosse considerado uma perseguição à própria câmara que se disse atingida na sua honra e bom nome. E o juiz aceitou a estratégia e considerou os termos passíveis de serem considerados como injúria e atentado à honra e bom nome da câmara.
Eu, o bom samaritano, o defensor de humilhados e oprimidos, passei num passe de mágica, e graças à cumplicidade de várias instâncias, a ser um violador da lei, um delinquente perigoso! um alvo a abater!Depois queixam-se que não há supervisão! com esta justiça, pudera!
Fui alvo de uma «espera» à porta da AM (cerca de vinte jagunços aos gritos de: «morte ao canalha!», «morte à escumalha!», fui alvo de ameaças de morte, fui alvo de um achincalhamento grosseiro fazendo passar um pano com dizeres brejeiros no próprio estadio do Rio Ave, procurando atingir-me. No jornal local (Jornal de Vila do Conde) fui acusado falsamente e a carta que enviei a defender-me nem sequer foi levantada no apartado, foi-me devolvida cerca de um mês mais tarde, sem ter sido aberta. Mandei para casa do director e... nada!
Como compreendo agora o que sofreu a enfermeira Mariza Postiga com aquela campanha envolvendo colegas de trabalho, só por um dito-desabafo no local de trabalho. «Isto» é uma máquina trituradora que importa denunciar e desmontar. Há dias fui ameaçado. Por isso vou continuar a abrir o livro... Há muito mais!
O polvo tem que ser destruído antes que destrua a democracia vila-condense. Não tenho partido, não defendo coligações, defendo causas nobres! Defendo a DEMOCRACIA e defendo VILA DO CONDE!
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