No seio da justiça há cada «gato»!!!
E u enfio o boné mas há quem enfie carapuças de forma tão ridícula!!!
E u enfio o boné mas há quem enfie carapuças de forma tão ridícula!!!
O processo que envolve a Dra Amália Morgado assume foros de caricato. Hoje, no JN, pode ler-se algo sobre este caso controverso. Uma procuradora geral adjunta refere que se sente visada por uma afirmação da juiza. Esta nega a acusação.
Seria caricato se a justiça pouco isenta que temos não criasse injustiças demais. Há presunções e presunções.
Vou contar um caso que se passou comigo e que é elucidativo.
Trabalhava eu numa seguradora na Póvoa de Varzim quando por telefone fui alertado para um artigo que enchia a totalidade das páginas centrais do Diário. Telefonara-me o sr Cândido Rodrigues (já falecido) da Papelaria Adriano, de Vila do Conde, agente da companhia.
Dizia o Diário que o senhor Aparício Barros (também já falecido) andara com uma brigada a destruír propaganda do partido comunista. Consta que também fora ele que mandara pintar com tinta negra um mural de belo efeito pictórico, em que se anunciava um Congresso da CGTP em Lisboa (no antigo Pavilhão dos Desportos, hoje Carlos Lopes).
Ora, recortei as páginas que me interessavam e fiz uma carta ao Alto Comissário Contra a Corrupção a dar conta do sucedido, bem como de outros casos. Parte da carta veio ter às mãos do Presidente da Câmara. Este, moveu-me um processo judicial.
Nessa carta eu dizia que «em Vila do Conde há repressão sindical fascizante» (sic).
Acontece que o alto comissario apesar de solicitado, não confirmou a carta, mas o juiz entendeu aceitar tal carta como boa. A lei dizia que ninguém podia ser punido por opiniões emitidas à referida alta autoridade, que por sua vez, deveria guardar total sigilo. Alguém não guardou.
O presidente da câmara disse que aquilo era ofensivo da sua honra e bom nome. Eu neguei , que muito embora pudesse haver perseguições a sindicalistas(e constava que sim), aquele dito não se reportava a ele. Referia-se ao senhor Aparício Barros. Se fosse possível ler o teor integral da carta certamente que lá estaria tudo bem explicitado.
O juiz deu razão ao presidente da câmara e considerou injúria tal dito. O processo correu pela Relação, pelo Supremo e pelo Tribunal Constitucional. A minha palavra foi considerada pouco credível, ao contrário da palavra do presidente da câmara. Mas eu é que tinha razão.
O ridículo da questão é que os termos considerados ofensivos são, na minha modesta opinião, o retrato fiel de uma situação grave que então se vivia.A justiça esteve ao lado do poder. Vergou-se, na minha modesta opinião. Não foi ao fundo da questão.
Enfim, há filhos de um Deus maior e... filhos de um Deus menor. Todos se dizem iguais perante a lei, mas na prática alguns são mais «iguais».
Há todo um universo tenebroso que importa denunciar já que os que superintendem na coisa pública o não fazem. Quem quiser ser supervisor autêntico passa um mau bocado e tem a justiça contra si. É triste, é lamentável ver ao ponto a que isto chegou. Esta injusta justiça frena (quando não fustiga...) a necessária supervisão!
Agora no caso da juíza Amália Morgado não posso deixar de estar ao lado dela. E digo mais: isto é vergonhoso para a própria justiça que temos!
4 comentários:
Bom dia, Rouxinol!
Vim agradecer sua visita no meu blog e dizer que és sempre bem vindo, certo?
Quanto à justiça, só digo:
Não deveria ser corruptível, mas é, e infelizmente no mundo todo.
Um forte abraço
http://priscilaproenca.blogspot.com
Caríssima Priscila Proença:
Não concordo consigo! Ainda há juizes íntegros e probos. Infelizmente são a minoria! Mas que os há, há!!!
1 bj
A justiça nem sempre é justa!
Um beijinho
Menina do Rio:
Infelizmente há gente que está na justiça não por vocação mas por motivos bem menos transparentes...
embora haja honrosas excepções à regra...Sempre houve.
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