O conflito que envolve Israel e o Hamas na Faixa de Gaza poderia ter sido evitado. Há que olhar de frente para o futuro e impedir novos massacres. Há que dotar a ONU (ou outro organismo similar...) com poderes de intervenção em locais do globo onde haja proliferação de armamentos não entregues a entidades estatais ou na posse de organizações consideradas terroristas. Muito embora este termo seja susceptível de múltiplas interpretações, há que gizar uma estratégia para evitar situações como esta, agora a massacrar milhares de inocentes.
A ONU tem que ter autonomia territorial e financeira, tem que poder agir em todos os países do mundo (todos, incluíndo os que dispôem do direito de veto...) quando as situações sejam calamitosas e haja um perigo de vitimização de inocentes.
Há que criar uma fonte de receita fiscal (talvez captando à nascente receitas ao petróleo bruto, onde quer que seja, a fim de socorrer uma estrutura supra-nacional, dirigida colegialmente, e vocacionada para o desarmamento e/ou intervenção pacificadora em qualquer lugar da Terra...), criando assim uma forte independência financeira a este organismo. Quem sabe se a própria cidade de Jerusalém, com territórios limítrofes, não fosse a cidade vocacionada para alojar esse tal organismo supra-nacional?! Não era exclusivo de nenhum país, de nenhuma religião, mas de toda a humanidade!
Situações como grandes calamidades públicas (terramotos, doenças pendémicas graves, tsunamis e outras equiparáveis) poderiam ser financiadas por uma entidade estilo Fundo Univesal. O direito de veto, que muitas vezes serve de garantia para melhor escoamento de stocks armamentistas (estilo: «se me comprares armas a mim, eu impeço a intervenção de terceitros neste conflito...») deveria ser pura e simplesmente extinto. Todos os países deveriam estar sujeitos a supervisão e controlo. Deveria proceder-se a um desarmamento progressivo e equilibrado, ficando esse organismo como o mais poderoso e mais apetrechado, mas mesmo assim, com um arsenal reduzido ao mínimo indispensável.
Vemos esta coisa ridícula de estarmos a contribuír com dinheiros com fins humanitários (à partida...) mas de facto servindo para caucionar belicismos e intervenções armadas de todo o tipo.
Há que actuar enquanto é tempo. Esta ONU já está caduca, sem credibilidade, sem exequibilidade. Há que edificar uma nova arquitectura a fim de tornar a humanidade mais humana, de facto.
Um comentário:
Postar um comentário