sábado, julho 26, 2008

Lobo Antunes- Prémio Camões



L.A. - Meu caro Rouxinol, sem falsas modéstias, já há muito que merecia o prémio Camões. Tenho feito por isso, divulgando a língua portuguesa urbi et orbi. Sou porventura o melhor escritor português da actualidade, tenho que manifestar algum regozijo, por questão de carácter, mas não sou hipócrita. Mereci este galardão. Poucos como eu o mereceram. Talvez a seguir venha aí o Nobel. Já vi muito piores que eu serem galardoados...
R.de B. - Justíssimo, meu caro. Sem hipocrisias, nesta alcateia lusíada, há poucos a uivarem com tanta mestria, tanta frontalidade, tanto fulgor. Veio tarde, mas mais vale tarde que nunca! Estou a imaginar o riso amarelo dos «cus de judas» que embirram consigo por causa da sua frontalidade e do seu amor à causa das Letras. O comité Nobel deve andar distraído, talvez precise de uma task force como aquela que foi feita no tempo de Saramago (Soares confessou-o) e tanto resultado deu! O marketing é quem mais ordena!

L.A.- Quem sabe?!
R.B. - Este ano de 2008 o contemplado - João Ubaldo Ribeiro - é digno do prémio Camões?
L.A.- Muito embora houvesse outros dignos do galardão, acho que está bem entregue. Apetece-me dizer:«viva o povo Brasileiro!»
R. de B. - Outros eventualmente contempláveis?
L.A. - Ele há tantos que, seria ferir susceptibilidades estar a citar algum dentre a vasta gama de possíveis candidatos. Felizmente a crise é de abundância...

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