quinta-feira, abril 21, 2011

Recordar é aprender...

PIRATAS NO VELEIRO LUSITANO

Portugal, caravela milenar
Fustigada p'lo vento corrupção
Neste mar de injustiças vai penar
Até singrar ao rumo redenção.


Marinheiros-piratas sem vergonha
Pilhando tudo e todos sem pudor
Precisamos de alguém que a todos ponha
A trabalhar com honra e pundonor.


Fraca gente, com fraco timoneiro,
À deriva, no mar, sem rumo certo
Triste sorte vai ter, o fim está perto.


Português, ó valente marinheiro,
Há que afastar piratas do veleiro
Desterrá-los p'ra longe, p'ró deserto!

Vila do Conde, 25 de Abril de 2005

NOTA: Nessa altura fiz este poema que parece premonitório. Piratas já havia, mas o seu número aumentou, a sua actividade danosa intensificou-se pois quem deveria proteger os justos (a justiça) também foi pirateada. As entidades de supervisão foram pirateadas. As piranhas no poder deram cabo da nau-lusa...
Agora o desastre está à vista. Quem denunciava isto, então, era apodada de pessimista, de desconfiado, profeta da desgraça... e o rumo foi sempre o mesmo...
Agora, os que tinham razão, continuam marginalizados... dizem que não tèm curriculo!!!
Pudera, num regime onde impera a corrupção mais desenfreada, a gente séria não pode singrar, é um obstáculo, é um grão de areia na engrenagem...

Um comentário:

Isamar disse...

Premonitório, sem dúvida. Agora navegamos à deriva, sem correntes nem marés que nos levem a porto seguro.Precisamos de novos marinheiros, de novas cartas de marear e de um timoneiro sério, quase um missionário, que ponha os destinos desta caravela em primeiro lugar.

Bem-hajas!

Páscoa feliz!

Beijinho