PIRATAS NO VELEIRO LUSITANO
Portugal, caravela milenar
Fustigada p'lo vento corrupção
Neste mar de injustiças vai penar
Até singrar ao rumo redenção.
Marinheiros-piratas sem vergonha
Pilhando tudo e todos sem pudor
Precisamos de alguém que a todos ponha
A trabalhar com honra e pundonor.
Fraca gente, com fraco timoneiro,
À deriva, no mar, sem rumo certo
Triste sorte vai ter, o fim está perto.
Português, ó valente marinheiro,
Há que afastar piratas do veleiro
Desterrá-los p'ra longe, p'ró deserto!
Vila do Conde, 25 de Abril de 2005
NOTA: Nessa altura fiz este poema que parece premonitório. Piratas já havia, mas o seu número aumentou, a sua actividade danosa intensificou-se pois quem deveria proteger os justos (a justiça) também foi pirateada. As entidades de supervisão foram pirateadas. As piranhas no poder deram cabo da nau-lusa...
Agora o desastre está à vista. Quem denunciava isto, então, era apodada de pessimista, de desconfiado, profeta da desgraça... e o rumo foi sempre o mesmo...
Agora, os que tinham razão, continuam marginalizados... dizem que não tèm curriculo!!!
Pudera, num regime onde impera a corrupção mais desenfreada, a gente séria não pode singrar, é um obstáculo, é um grão de areia na engrenagem...
Um comentário:
Premonitório, sem dúvida. Agora navegamos à deriva, sem correntes nem marés que nos levem a porto seguro.Precisamos de novos marinheiros, de novas cartas de marear e de um timoneiro sério, quase um missionário, que ponha os destinos desta caravela em primeiro lugar.
Bem-hajas!
Páscoa feliz!
Beijinho
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