A corrupção é uma erva daninha que urge erradicar...
Veja a plantação perto de si...
O perfume corrupção
Anda no ar, nós sabemos
Um cheirinho a tentação
Prová-lo, lá chegaremos.
Perfume bem tentador
Inebria e faz sonhar
Vemos tanto sonhador
Com sonhos até fartar.
Pode usá-lo a meretriz
O autarca ou jornalista
O árbitro ou o juiz
O cónego ou o jurista.
Diamantinas criaturas
Com aroma muito forte
Fraqueza de almas impuras
Sem dignidade nem porte.
Ao perfume do poder
Já não há quem lhe resista
Há quem use pra vencer
O da marca populista!
Há perfumes bem audazes
E com aplicações várias
De abrir portas capazes
E até... contas bancárias!
O cheirinho a nostalgia
Ao passado se reporta
Fascismo anda aí, diria,
Anda aí, ninguém se importa!
Há aromas suculentos
Capta o senso olfactivo
Uns... captam apartamentos
Outros... só dinheiro vivo!
O perfume-corrupção
Anda no ar, é visível
Modesto e sensaborão
É o do... incorruptível!
O perfume da mentira
Usa um cacique idiota
Em Maquiavel se inspira
Prá sua ignóbil batota!
Perfume-demagogia
É pra uso eleitoral
Tão volátil, eu diria
Que não cheira bem nem mal...
O aroma na saúde
É o economicismo...
Mas a gente não se ilude
Já fede a chico-espertismo!
Nos tribunais vai fedendo
A chapelada ao poder
Perfume reles, horrendo,
Muito se está a vender...
Se a poluição cheira mal
É um fedor a política
Gigantesco lamaçal
Mas de moral bem raquítica.
O perfume que utilizo
É da marca Liberdade
Cada vez é mais preciso
Mete dó a sociedade.
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