
Um blogue plurifacetado procurando abordar questões de interesse sob perspectivas diversificadas. A independência sim, mas sempre subordinada a parâmetros de bom senso, de optimismo e de realismo. O mundo e a sociedade sob o olhar atento e desassombrado de um cineasta do quotidiano, um iconoclasta moderno, sem peias, sem tabus, sem preconceitos.
quinta-feira, novembro 29, 2007
O Turismo, esse potencial oculto à espera de alguém...

quarta-feira, novembro 28, 2007
PORTUGAL, QUE FUTURO?
De facto o caso não é para menos. O desemprego disparando, a economia estagnada (embora leves sintomas de recuperação se vislumbrem), a esperança cada vez mais adiada.
A pretendida adesão da Turquia não será mais uma machadada no periclitante equilíbrio existente?
O problema é global. A terapêutica terá que ser tomada à escala global. O preço do petróleo, as taxas de juros elevadas, o clima de beligerância permanente na região do médio Oriente e limítrofes não é propício ao progresso sustentado. Nuvens cada vez mais negras no horizonte.
Será que outro governo, com outra dinâmica poderia fazer melhor?
Tem-se visto uma concentração abrupta de serviços com intuitos economicistas e sequelas negativas ao nível da qualidade desses mesmos serviços. Viu-se no governo de Santana Lopes uma ridícula tentativa de desconcentração e descentralização (mais ao nível folclórico, como aqueles conselhos de ministros no barco- Escola Sagres ou sectretarias de estado polvilhadas por diversos recantos...), contudo nem tanto ao mar nem tanto à terra...
Há que adoptar uma postura mais sensata e virada para o pragmatismo sim, mas sem exageros patológicos...
O país anda a precisar de uma viragem no estilo da governação. Remodelar talvez não seja uma panaceia mas poderá trazer alguma nova luz. Há muita sombra nesta governação...
Esta Europa precisa de um volte-face. Há que mudar o rumo enquanto é tempo...
terça-feira, novembro 27, 2007
Défice é quem mais ordena!... Porra!
Do progresso é um travão
Temos toda a Europa à perna
Mais parece uma obsessão.
Economicismo é rei,
Rei bem feroz, rei bem duro;
Apertar o cinto é lei
Até ao último furo.
Concentrações são opções
Macrocefalia atroz...
Muro de lamentações
Este país, todos nós.
O Zé o défice paga
Nem sequer pode bufar...
Alguém rogou uma praga
E a gente tem que gramar...
Há que dar volta por cima
Na crise dar pontapé
Portugal então se anima
E começa a ganhar pé.
Concentrar os hospitais,
Maternidades, prisões,
Escolas e tribunais,
Pra se poupar uns tostões.
O governo concentrado
Neste galope de acções
Pode ser sodomizado
Por corruptos garanhões!...
domingo, novembro 25, 2007
«O desenho redondo do teu seio...»

O desenho redondo do teu seio
Tornava-te mais cálida mais nua
Quando eu pensava nele... imaginei-o
À beira-mar, à noite, havendo lua...
Talvez a espuma, vindo, conseguisse
Ornar-te o busto de uma renda leve
E a lua, ao ver-te nua, descobrisse
Em ti, a branca irmã que nunca teve...
Pelo que no teu colo há de suspenso,
Te supunham as ondas, uma delas...
Todo o teu corpo, iluminado, tenso,
Era um convite lúcido às estrelas.
Imagino-te assim à beira-mar
Só porque o nosso quarto era tão estreito...
E, sonolento, deixo-me afogar
No desenho redondo do teu peito.
DAVID MOURÃO FERREIRA
sábado, novembro 24, 2007
SONETO A UM PESTICIDA...
Há que falar verdade abertamente:
Na Madeira há um défice, obviamente,
Moral e mental. Anda tudo louco.
No jardim plutocrata há daninhas
Ervas a erradicar com muita urgência.
Cheiro corruptor, odor prepotência,
Ervas tão mal-cheirosas, tão fraquinhas.
Há que usar pesticida com cuidado,
Que preserve o que é bom, fique intocado
Tudo o que dá aroma democrático.
Vai ser usado um, marca «morgado»,
Dizem que ataca o fungo cleptocrático
Deixando o ar... mais puro e aromático!...
sexta-feira, novembro 23, 2007
AQUI D'EL-REI!!! ANDA NAPOLEÃO NA COSTA!!!
Quer ficar no poder eternamente...
Herdeiro de Fidel Castro também
Se propõe ser, e di-lo abertamente.
Outro Napoleão no horizonte?!
Há que alertar o mundo, sem temor,
De conflitualidade vai ser fonte
Tem os tiques de um vero ditador.
Censura, corrupção e nepotismo
A mistura explosiva conducente
Ao mal conceituado caudilhismo
Onde o arbítrio campeia impunemente.
No discurso patético só há
Arrogância, vazio bem profundo,
Porta-se qual sultão ou marajá
Quer ser dono de tudo... lá no fundo.
Ser dono da verdade universal
Da América Latina ser a voz...
Verborreia paupérrima, boçal,
Enfim, o populismo mais atroz.
quinta-feira, novembro 22, 2007
PEDANTE POETASTRO...

Uns termos rebuscados vai catando
No afã bem pedante de inovar,
Neologismos fúteis vai cagando
Odeia o vulgo, o zé, o popular...
Camões, Pessoa, gente ultrapassada,
Sem o seu rasgo, néscias criaturas!
Triste poesia, à rima aprisionada;
Emerge do pó, voga nas alturas...
Julga-se um génio, pensa que é guru,
Suprassumo, das letras majestade...
Talvez um pontapé forte no cu
O fizesse caír na realidade!...
Sempre a invocar currículos sem conta,
Sempre em bicos de pés, só pesporrência.
Diz que é moda. Só ele a sabe e aponta.
Julga-se rei. Talvez rei da indigência.
A ânsia de inovar é doentia.
Busca palavras como um cão pisteiro,
Exibe, depois, com rara euforia
Como se fosse... agulha do palheiro...
Quanto mais rebuscada a linguagem
E menos entendível pela gente,
Melhor. Mais refinada fica a imagem
Do pedante, luzeiro refulgente!
Anda por aí!, ar de majestade...
Carregado de livros, bem o sei,
No trono sim, talvez da hilariedade!
Dele e pra ele... sempre cagarei.
terça-feira, novembro 20, 2007
Guerra Junqueiro, a sátira intemporal...
segunda-feira, novembro 19, 2007
valter hugo mae - Prémio José Saramago 2007

domingo, novembro 18, 2007
LIBERDADE

sábado, novembro 17, 2007
As Divinas Camélias da Junqueira!

sexta-feira, novembro 16, 2007
Energia eólica: opção de futuro.

Honra Nacional em causa.

quarta-feira, novembro 14, 2007
Populismo: a face patológica do fenómeno.

Descolonização "exemplar" e... colonização "exemplar"!

terça-feira, novembro 13, 2007
O fim-do-mundo em S. Bento!

segunda-feira, novembro 12, 2007
Quando o Rei fazia anos!...

domingo, novembro 11, 2007
Cântico dos Cânticos!

UTILIZADOR-PAGADOR - Querem fazer do pescador um idiota!


Deus envia novo Salvador!

sábado, novembro 10, 2007
AMORIM: gente e terra de eleição!

BEIRIZ: o «mar» da polémica...

«Mar de Beiriz», que surpresa!?
A polémica no ar...
Mar é mar, é concerteza,
A dúvida é pra ficar...
Beiriz progrediu imenso
Nem sempre com qualidade
Podia ser melhor, penso,
Com mais autenticidade!
Tapetes já foram glória
Desta terra embaixadores...
Beiriz no mapa, na história,
Procura novos actores!...
No «Mar de Beiriz» há ventos
De certa contradição:
Temos que estar bem atentos
Cuidar da navegação!
Quando o vento é de mudança
Ao leme dar atenção
O povo renova a esperança
Quando o vento é de feição.
Beiriz tem potencial
Pra nevegar noutras águas...
Às vezes... o grande mal
É fartar de carpir mágoas!...
BALAZAR: terra adorável!

Balazar, vai mais Além...
Tem pujança e altivez
Terra de santa, também
Dizem... que em breve... talvez...
Seus varões assinalados
Gente de estirpe, linhagem,
Ínclitos antepassados
Testemunhos de coragem.
Na encruzilhada da História
Aqui se dignou nascer
Gente de boa memória
Gente de um só parecer.
Balazar tem ADN
Na alma, um nobre brasão
Receber com ar solene
Sem olhar à condição...
Pobre ou rico aqui terá
Tratamento singular
Discriminação não há
Igualdade é lapidar!
Aqui mora boa gente,
Com perfil incontornável
Um povo bem diligente
Que torna a terra adorável!...
LAUNDOS: milagre do Criador


RATES: monumentalidade imponente.

Rates é só esplendor, tem pergaminhos,
Um passado bem rico, por sinal,
Falam-nos de História os velhos caminhos
Mai-lo património monumental.
Tomé de Sousa foi aqui criado
No Brasil foi o rosto mais visível;
Rates tem o seu nome divulgado
No lugar mais remoto e imprevisível.
Esta terra tem classe, distinção,
Sua gente também tem o condão
De receber com rara fidalguia.
Juventude com nível, galhardia,
Aval do porvir, é a garantia
De um povo ainda mais lúcido e mais são.
sexta-feira, novembro 09, 2007
ARGIVAI: só sinais ... é pouco!


ESTELA: Pedra Branca ou jóia a lapidar?

Em Barros ou na Baldóia
Na Fervença ou no Bonfim
Estela é uma linda jóia
Na Póvoa não há assim.
É preciso lapidá-la
Pra atingir a perfeição
Há que saber bem amá-la
E falar-lhe ao coração.
Seu povo tem dinamismo
A juventude tem garra
Cultiva são optimismo
Mais formiga que cigarra...
Estela almeja um futuro
Onde o progresso se casa
Com ambiente mais puro
E.. água dentro de casa.
Água pura e cristalina
Símbolo de transparência
Água pura genuína
Pra todos e... com urgência.
Pedra Branca, pedra bela
Pedra angular, de certeza,
Deus criou assim a Estela
Cheia de sol e beleza.
AGUÇADOURA: Pode ser mais agradável!


NAVAIS: Terra a pedir sinal "mais"!

A-Ver-o-Mar: Princesa-maresia!

Terroso: Miradouro do mar...


A magnífica cividade de Terroso, património histórico de valor incalculável...
Em Terroso pouso o olhar
E a Cividade contemplo
Terra antiga, secular,
Pra todos é um exemplo.
Em Sapojães ou Vilar
Há limpeza e bom aspecto
Na Cividade há bom ar
O povo é digno e correcto.
Ao longe vemos o mar
Terroso, bom miradouro,
E quem a vem visitar
Chama-lhe rico tesouro!
Como é belo o sol-poente
E não há quem lhe resista
Bem majestoso e imponente
É vê-lo... na Boa vista!
Terroso o mar vai mirando
Mar de lágrimas... que mar...
Há muita gente emigrando
Mas... só pensa em regressar!
quinta-feira, novembro 08, 2007
Póvoa de Varzim: Passado e Presente...


quarta-feira, novembro 07, 2007
Cão achado com coleira.

segunda-feira, novembro 05, 2007
A inveja do poder!

«Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.»
Nietzsche
Não sou particularmente apaixonado por Nietzsche; contudo reconheço-lhe uma lucidez fria e digna de meditação. Todos os escritores têm facetas positivas e negativas. Compete ao leitor filtrar e saber assimilar o que há de melhor.
Aquela frase tem algo de premonitório, de fascinante antevisão. Pessoas de elevado nível, de craveira intelectual superior, tenderam a ser esmagadas pelo poder vulgar de Lineu, pelo situacionismo reinante, quando tentaram alterar o status quo existente.
Há de facto uma grande resistência à mudança, por parte do poder, qual lapa agarrada à rocha do tempo. O nazismo perseguiu os intelectuais lúcidos que anteviram a hecatombe, os pedagogos que denunciaram o arbítrio, os intelectuais que voando acima da mediania tinham o escrupuloso dever de alertar os seus concidadãos para a aberração, para o aviltamento do poder, para o desbragamento das instituições. Galileu foi um mártir da verdade, um paradigma dessa situação paradoxal: os lúcidos e sensatos serem acusados de ignomínia e blasfémia pelos medíocres, embusteiros, pelos fariseus da política e da religião...
Quem não sabe voar tem inveja dos que voam! quem se habituou a rastejar no charco da bajulação, no pântano da mentira, continuará a fazê-lo tentando arrastar os outros para essa situação triste e inferior. Para não se sentir só, para, no martírio da mediocridade, sentir que também há companheiros de caminhada. Ainda que a caminhada vá dar ao abismo...
No regime do "28 de Maio" assim foi. Agora, no regime de "25 de Abril" também algo de patológico se vislumbra no horizonte. Claro que nem todos têm capacidade para descortinar o horizonte. Depende da altura (altivez) moral de cada qual.
Serve este intróito para convidar alguns leitores interessados (independentemente do seu estatuto intelectual, da sua formação académica, do seu ideário político) a observarem com atenção a saga épica de um cidadão que pugna pelo direito a dizer a verdade, num tempo em que a censura aparece travestida. É a saga de um democrata contra uma parefernália de situações constrangedoras, contra uma teia de cumplicidades que o poder tece para se libertar do atoleiro que criou. Tentam amesquinhar quem voa, por inveja de não saberem voar! sabem apenas rastejar no charco da plutocracia mais indigna, mais aviltante, mais pecaminosa...
Acompanhe o voo digno e talentoso do Arquitecto Silva Garcia, no blogue
http://www.ca-70.blogspot.com
Vale a pena seguir todas as pistas e aprofundar toda a verdade.
Que conclusão tirar?
Seja você, amigo leitor, o juiz!
CATHERINE... A NINFA INTEMPORAL|!
