sábado, agosto 15, 2009

Moita Flores, o bom senso e a lucidez...


Moita Flores, o edil-mor de Santarém
No Pontal, além de Mendes Bota e de Aguiar Branco fez-se ouvir Moita Flores, um independente próximo do PSD que não se coibiu de dizer algumas verdades.
Essas verdades doem, mas são necessárias, tão urgentes como álcool desinfectante sobre uma ferida; o país vai sendo devorado pelo cancro da corrupção; todos os partidos, sejamos francos, uns mais do que outros, são vítimas dessa patologia.
Não se pode é rotular de corruptos bons (os nossos, os que nos são afectos, os que nos trouxeram benefícios no passado...) uns, e de corruptos maus, outros...
É de um maniqueismo estulto, é um modus faciendi infantil estar a proteger uns e a lançar farpas a outros. Há que dar uma imagem de seriedade, no mínimo credível e verosímil.
É de uma menoridade intelectual gritante, é de um afrontamento surrealista vir dizer-se que são assuntos privados, aquilo que nós sentimos e toda a gente de mediana inteligência nota serem afloramentos de uma corrupção latente.
Depois, num período em que seria inteligente e sensato congregar esforços, esbater sensibilidades, mobilizar sinergias a todos os níveis, caíu-se no sectarismo, numa lógica clientelar e corporativista que tresanda a nepotismo. Manuela Ferreira Leite autoflagelou-se, destruíu os resquícios de credibilidade que ainda lhe plasmavam a auréola, deu cabo do clima de confiança que começava a encorpar a sua candidatura. Enfim, foi um ar que lhe deu, o míldio da discórdia e da descrença mina a vinha social-democrata de forma irreversível.
A colheita será o reflexo dessa patologia que a própria líder instilou de forma canhestra na sua própria vinha. A zurrapa eleitoralista será o corolário lógico desta tragicomédia burlesca...

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