Se a árvore frondosa sombra dá
O talento, se é grande, faz inveja;
Tudo a Psicologia explicará!
Um, muito alto voa, ela rasteja...
Ela anda por aí, maledicente,
Linguagem torpe, reles, avinhada...
Qual venérea excrescência, indecente,
Pústula por bactérias infectada!
O talento não entra em peixeiradas,
Fulgura no ar puro da floresta,
Paira, volátil, sobre... almas danadas!
A cascavel rasteja, só lhe resta
Lançar veneno, fétidas picadas;
Não voa, sai da toca... mas não presta!
Rouxinol de Bernardim
Nota: Amiúde vemos políticos (e outras figuras públicas) serem atacados por inveja pura; casos há que precisam de ser investigados para se clarificarem dúvidas sobre determinadas irregularidades: aí, não há inveja, há imperativos de transparência. Mas, quando é o ódio pelo ódio, a maledicência instintiva, visceral, aí entra a inveja nojenta, essa cascavel execrável..
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