Ao princípio era a pureza, a transparência totais...
Depois, surgiu a poluição, as salmonelas... e o preconceito, o "pecado"...
Deus, não tem preconceitos: Ele é o Caminho, a Verdade ("nua e crua") e a Vida!
Morena, morena
Dos olhos castanhos
Quem te deu, morena
Encantos tamanhos?
Encantos tamanhos
Não vi nunca assim
Morena, morena
Tem pena de mim
Morena, morena
Dos olhos rasgados
Teus olhos, morena
São os meus pecados
São os meus pecados
Um olhar assim
Morena, morena
Tem pena de mim
Morena, morena
Dos olhos galantes
Teus olhos, morena
São dois diamantes
São dois diamantes
Olhando-me assim
Morena, morena
Tem pena de mim
Morena, morena
Dos olhos morenos
O olhar desses olhos
Concede-me ao menos
Concede-me ao menos
Não sejas assim
Morena, morena
Tem pena de mim
Júlio Dinis
NOTA: Joaquim Guilherme Gomes Coelho, o nome do médico que deu alma ao pseudónimo Júlio Dinis. Retratou a vida rural com mestria. Os seus romances foram autênticos prosopoemas: A Morgadinha dos Canaviais, Os Fidalgos da Casa Mourisca. Embora um poeta menor, na simplicidade tinha o seu encanto e a sua singeleza.
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