
pelo mais forte, pelo mais corrupto, mais venal.
Será que os corruptos têm um protetor? Será que existe também um Senhor dos Meliantes para os proteger e colocar em lugar de destaque?
E, por que é que o Senhor dos Ignorantes não acorre em seu apoio, não os faz ter um lampejo de lucidez para se libertarem da opressão?
Bem e Mal, sempre presentes no nosso imaginário coletivo, na nossa poesia também:
Ó Senhor dos Meliantes
Tende piedade de nós;
Não vedes que são tratantes
Vestem pele de governantes
Mas se governam... a sós!
Olhai p'ró povo, coitado,
Pão e água, pele e osso
Por farsantes governado
Oprimido e explorado
É debalde, tanto esforço...
Ó Senhor dos Meliantes
Porque os protegeis, Senhor?
É só ladrões importantes
Explorando os ignorantes
Ignorando... a sua dor...
Ó Senhor dos Ignorantes,
Dai-lhes mais clarividência,
Lucidez, por instantes;
Vede bem esses tratantes
Não merecem indulgência!
Nota final: agora, com um pouco mais de esforço, imagine-se o Dr Aurelino Costa, aquele diseur tão especial que encanta e nos fascina com as suas palavras profundas, entronizadas pelo maestro António Vitorino de Almeida, com a sua mestria ao piano, no Diana Bar, na Póvoa de Varzim.
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