terça-feira, julho 30, 2013

Diagnóstico mental de Portugal

                                                                          Capítulo I


O retrato mental do país é o retrato mental dos seus principais líderes, dos que andam por aí, à solta, na comunicação social, exibindo os seus padecimentos sob a forma de oratória prenhe de erudição barata e de prosápia balofa. Loucos, loucos varridos é o que mais há na comunicação social, hoje em dia... e alguns aparecem em horário nobre na TV...

Um deles, dos mais patológicos devo confessar, acérrimo crítico dos sulistas e elitistas, dizia-se capaz de desmantelar o Estado em apenas seis meses! Contudo, ninguém quis aproveitar este camartelo demolidor, talvez rápido demais, pois querem desmantelar sim, mas ao retardador... para colherem mais dividendos e durante mais tempo...

Diz, na sua patológica oratória, na sua verbe recheada de ilusionismo sem freio, que o Porto precisa de túneis e pontes como de pão para a boca!!!

Propenso ao despesismo galopante, tão galopante como a sua patologia degenerativa, ele pensa e di-lo sem vergonha, como se fosse a panaceia capaz de curar todos os males, que o remédio para a saída da crise está nisso, na esteira do que também pensa o seu mentor espiritual, o não menos patológico Passos, o Pedro para os amigalhaços, esse grande pensador da teoria económica, esse guru iluminado que nos guia com o fulgor dos predestinados, tal qual um messias salvador; no gastar está a salvação nacional!!!


Enfim, esta grande luminária é nortista, mas perde o norte com facilidade quando a acusam de hiperdespesista. Ela acha que o poupar é próprio dos fracos, e ela sente-se forte, diz-se corajosa, especialista nata em gastar e deixar para os outros a especialidade de pagar as facturas que vai deixando, qual rasto policromático de polvo enlouquecido em fuga permanente para o abismo da impunidade...
Contudo, esta luminária arrebanha bandos (alguns dizem gangues...) de apoiantes, desejosos de poderem saciar seus apetites gastadores, bem sabendo que com ela ao leme da cidade tripeira, o clientelismo e o nepotismo serão moeda corrente; moeda má, bem sabemos... mas lá diz a lei de Gresham que a moeda má afasta a boa e... triunfa...
Enfim, também outro Pedro,  o tal a quem o feitor de Belém se referiu como a moeda má, numa alusão à Lei de Gresham, pensava que a panaceia universal para salvar Portugal era a casinoterapia. Ou seja semear casinos um pouco por todo o lado para se colherem frutos desenvolvimentistas a médio e longo prazo...

Contudo,  a teoria dos tuneis e pontes  também tem  seguidor fiel na Madeira, onde o bipolar «Papadas», já no estertor da agonia mas sempre impregnado de uma ferocidade anti-Lisboa que impressiona os súbditos, tem dado vazão ao seu despesismo infrene...Contudo, aqui,  a patologia dominante é a síndrome da autonomia que ele usa com mestria.
Quando se vê acossado pela justiça, ou o barómetro da popularidade baixa, ele acirra  o povo contra os que lhe querem roubar a autonomia, os lobos de Lisboa que  querem meter a dentuça na  sua  coutada , e todos saem à rua de varapau e forquilha, babando ódio e rancor,  acorrendo à chamada da velha e manhosa raposa da Quinta Vigia... O grande Átila  da avenida das Comunidades...  Velha raposa, líder da máfia boa, o louco mais bem sucedido neste estendal de patologias sem cura... (a não ser que venha  o golpe de Estado regenerador, que vai tardando, para  desgosto  das donas de casa desesperadas pela crise medonha que vai crescendo, crescendo... como um cogumelo de bomba atómica).

Portugal, um manicómio em autogestão?!!!

Perguntar só ofende os que enfiarem a carapuça...

2 comentários:

durindana disse...

Podia-se fazer explodir a coisa, mas não vai ser preciso. Quando noto que já têm dificuldade em nomear ministros,secretários de estado e para outros lugares de conveniência que não estejam já maculados por comportamentos duvidosos, fico a pensar que a coisa vai implodir. Basta esperar!

José Leite disse...

Amigo Mata:

A implosão vai sair muito cara ao povo. O golpe seria mais cirúrgico, eficaz, sem danos colaterais de monta.