

Um blogue plurifacetado procurando abordar questões de interesse sob perspectivas diversificadas. A independência sim, mas sempre subordinada a parâmetros de bom senso, de optimismo e de realismo. O mundo e a sociedade sob o olhar atento e desassombrado de um cineasta do quotidiano, um iconoclasta moderno, sem peias, sem tabus, sem preconceitos.
O senhor embaixador
Dormindo, na paz de Cristo,
Todos sorrindo em redor
Tirando retrato... a isto.
De consciência tranquila
O Nobel da Paz sorrindo,
Outro nobel se perfila:
O nobel do Sonho Lindo!
Nobel do sonho faz falta
Se não há, há que fazê-lo
Timor, sempre na ribalta
Há sonho... não pesadelo!
Antes, guerra fratricida,
Um cenário tão tristonho
Agora, paz merecida,
Timor, terra de sonho!
Petróleo sempre a jorrar
Ouro negro em profusão
Não é pecado sonhar
Como é bom... ter ambição.
O senhor embaixador
Sonhando com a promoção
Português com pundonor
Sonhando: «A BEM DA NAÇÃO!»
No início da segunda década do século XXI a eurolândia enfrenta desafios de diversa índole que poderão condicionar a sua estruturação e o seu crescimento sustentável.
Eis alguns:
1- A dependência face ao sistema financeiro mundial. Os 4 grandes Bancos Centrais lutam para suprir as carências actuais :Tesouro Britânico, Reserva Federal americana (FED), BCE e Banco do Japão; contudo o seu esforço parece ser inglório. Os mercados actuando de forma especulativa procuram debilitar o euro gerando situações de autêntica montanha-russa, contribuindo para a instabilidade, a desconfiança e a turbulência generalizadas.
Contudo a situação é como uma bola de neve, ou como uma bolha que poderá explodir a qualquer momento. Há todo um conglomerado de factores que contribuem para isso: fugas macissas de capitais para off-shores (com todos os inconvenientes daí advenientes), movimentos imigratórios descontrolados gerando anarquia e instabilidade, conflitualidades latentes fruto de uma cada vez maior taxa de desemprego, crise sociológica provocada pelo medo do terrorismo e suas sequelas a nível socioeconómico.
2- Corrupção generalizada a todos os níveis e em todos os países, contribuindo essa corrupção como se fora mais um imposto a pagar aos decisores políticos em determinadas circunstâncias. Cada vez mais promiscuidade entre o poder político e o económoco-financeiro gerando injustiças sociais cada vez mais gravosas. Criminalidade larvar ou galopante a diversos níveis contribuindo para o descrédito das instituições e a falta de confiança dos investidores.
3- Emergência de três novos peões na cena económica: a China, a Índia e a Rússia.
Cada qual à sua maneira, com processos expansionistas díspares mas contribuindo para um efeito comum: carestia do preço do petróleo com impactos óbvios e inevitáveis na inflação (e taxas de juro), transportes e comunicações. O turismo terá reflexos negativos nesta conjuntura e certos segmentos (a montante e a jusante dele) serão fortemente afectados.
4- O desenvolvimento tecnológico irá desencadear mais desemprego em certas áreas e em certos segmentos da sociedade. A nanotecnologia, a biotecnologia, as diversas fontes energéticas,as comunicações, serão pilares dicisivos nesta metamorfose que se vislumbra. Com mais-valias potenciais e sinergias a todos os níveis criando um fosso socioeconómico ainda maior.
O impacto na indústria automóvel, na indústria têxtil e na tecnologia de ponta será deveras assustador quando a China atingir a velocidade de cruzeiro, e para lá caminha a passos largos.
QUE FAZER?
A Europa deve tornar-se um Estado Federal com as vantagens e inconvenientes daí resultantes.
Deve falar e agir a uma só voz. Devem evitar-se os excessos burocráticos e as questiúnculas que ora estão minando a sua unidade e contribuindo fortemente para a falta de coesao e de pragmatismo. Fazer parcerias com a China e a Índia aproveitando os recursos recíprocos e as vantagens relativas específicas. Criar uma estratégia comercial capaz de servir de complemento à estratégia industrial (a montante) dando escoamento a preços competitivos ao caudal produtivo gerado por essas parcerias.
Quem não estiver à altura do desafio que saia da eurolândia (livremente ou coagido) ou procure outra esfera de influência. Os pesos mortos e os Estados incapazes de se inserirem nesta estratégia, fruto de políticas populistas ineficazes e geradoras de défices crónicos, devem ser banidos sob pena de se tornarem maçãs podres e contaminarem, quais lixos tóxicos, toda a macroestrutura da eurolândia.
NOTA: Este apontamento visa alertar os responsáveis para o perigo em que nos encontramos, servirá de memória futura. Não enveredar por esta via__ que terá muitos obstrutores e diversas resistências__ será seguir o rumo do precipício, o desmoronamento, a implosão.
15 de Dezembro de 2010
Vão vendendo ilusões ao desbarato
Prometem sem poder tudo cumprir
Prometem com audácia... e a sorrir...
Mandam «plantar notícia»... que é boato!
Peritos na vil arte de gerir
Expectativas altas, sem rigor,
Ilusionistas falsos, sem pudor,
A verdade procuram obstruír!
É vê-los perorando, iludindo,
Ingénuos úteis, sem quaisquer defesas,
Crédulos militantes, ignorantes.
Falsas verdades vão-nos impingindo
Mentiras bem gorduchas, bem obesas,
Sempre a rir, elegantes, os tratantes...(1)
(1) Dizem que para mentir melhor é preciso vestir Armani!...
Post Scriptum: Por observação do sempre oportuno poetaeusou (ver comentário)
permito-me incluír esta quadra de António Aleixo:
Veste bem, já reparaste?
mas ele próprio ignora
que, por dentro, é um contraste
com o que mostra por fora.
ANTÓNIO ALEIXO