

Um blogue plurifacetado procurando abordar questões de interesse sob perspectivas diversificadas. A independência sim, mas sempre subordinada a parâmetros de bom senso, de optimismo e de realismo. O mundo e a sociedade sob o olhar atento e desassombrado de um cineasta do quotidiano, um iconoclasta moderno, sem peias, sem tabus, sem preconceitos.









Li hoje um artigo de Óscar Mascarenhas, no JN, onde faz um ataque ao carácter do professor Cavaco Silva, insinuando dentre outras coisas que é tremeliques e que perante a PIDE foi longe demais, ao apôr o nome da segunda esposa do seu sogro num documento. Diz que era facultativo preencher isso, mas que o fez, talvez com intenção de a denunciar (a ela, segunda esposa do seu sogro...).
O senhor embaixador passando pelas brasas... em Timor Leste. Ramos Horta não perde oportunidade de registar o insólito... Ana Gomes passou noites sem dormir por causa dos massacres e da prisão de Xanana...Nunca se deixou abraçar por Morfeu... penso eu. Pelo menos em público. Não consta que durma no parlamento europeu... antes pelo contrário está desperta demais para o gosto de alguns...
O senhor embaixador
Dormindo, na paz de Cristo,
Todos sorrindo em redor
Tirando retrato... a isto.
De consciência tranquila
O Nobel da Paz sorrindo,
Outro nobel se perfila:
O nobel do Sonho Lindo!
Nobel do sonho faz falta
Se não há, há que fazê-lo
Timor, sempre na ribalta
Há sonho... não pesadelo!
Antes, guerra fratricida,
Um cenário tão tristonho
Agora, paz merecida,
Timor, terra de sonho!
Petróleo sempre a jorrar
Ouro negro em profusão
Não é pecado sonhar
Como é bom... ter ambição.
O senhor embaixador
Sonhando com a promoção
Português com pundonor
Sonhando: «A BEM DA NAÇÃO!»

No início da segunda década do século XXI a eurolândia enfrenta desafios de diversa índole que poderão condicionar a sua estruturação e o seu crescimento sustentável.
Eis alguns:
1- A dependência face ao sistema financeiro mundial. Os 4 grandes Bancos Centrais lutam para suprir as carências actuais :Tesouro Britânico, Reserva Federal americana (FED), BCE e Banco do Japão; contudo o seu esforço parece ser inglório. Os mercados actuando de forma especulativa procuram debilitar o euro gerando situações de autêntica montanha-russa, contribuindo para a instabilidade, a desconfiança e a turbulência generalizadas.
Contudo a situação é como uma bola de neve, ou como uma bolha que poderá explodir a qualquer momento. Há todo um conglomerado de factores que contribuem para isso: fugas macissas de capitais para off-shores (com todos os inconvenientes daí advenientes), movimentos imigratórios descontrolados gerando anarquia e instabilidade, conflitualidades latentes fruto de uma cada vez maior taxa de desemprego, crise sociológica provocada pelo medo do terrorismo e suas sequelas a nível socioeconómico.
2- Corrupção generalizada a todos os níveis e em todos os países, contribuindo essa corrupção como se fora mais um imposto a pagar aos decisores políticos em determinadas circunstâncias. Cada vez mais promiscuidade entre o poder político e o económoco-financeiro gerando injustiças sociais cada vez mais gravosas. Criminalidade larvar ou galopante a diversos níveis contribuindo para o descrédito das instituições e a falta de confiança dos investidores.
3- Emergência de três novos peões na cena económica: a China, a Índia e a Rússia.
Cada qual à sua maneira, com processos expansionistas díspares mas contribuindo para um efeito comum: carestia do preço do petróleo com impactos óbvios e inevitáveis na inflação (e taxas de juro), transportes e comunicações. O turismo terá reflexos negativos nesta conjuntura e certos segmentos (a montante e a jusante dele) serão fortemente afectados.
4- O desenvolvimento tecnológico irá desencadear mais desemprego em certas áreas e em certos segmentos da sociedade. A nanotecnologia, a biotecnologia, as diversas fontes energéticas,as comunicações, serão pilares dicisivos nesta metamorfose que se vislumbra. Com mais-valias potenciais e sinergias a todos os níveis criando um fosso socioeconómico ainda maior.
O impacto na indústria automóvel, na indústria têxtil e na tecnologia de ponta será deveras assustador quando a China atingir a velocidade de cruzeiro, e para lá caminha a passos largos.
QUE FAZER?
A Europa deve tornar-se um Estado Federal com as vantagens e inconvenientes daí resultantes.
Deve falar e agir a uma só voz. Devem evitar-se os excessos burocráticos e as questiúnculas que ora estão minando a sua unidade e contribuindo fortemente para a falta de coesao e de pragmatismo. Fazer parcerias com a China e a Índia aproveitando os recursos recíprocos e as vantagens relativas específicas. Criar uma estratégia comercial capaz de servir de complemento à estratégia industrial (a montante) dando escoamento a preços competitivos ao caudal produtivo gerado por essas parcerias.
Quem não estiver à altura do desafio que saia da eurolândia (livremente ou coagido) ou procure outra esfera de influência. Os pesos mortos e os Estados incapazes de se inserirem nesta estratégia, fruto de políticas populistas ineficazes e geradoras de défices crónicos, devem ser banidos sob pena de se tornarem maçãs podres e contaminarem, quais lixos tóxicos, toda a macroestrutura da eurolândia.
NOTA: Este apontamento visa alertar os responsáveis para o perigo em que nos encontramos, servirá de memória futura. Não enveredar por esta via__ que terá muitos obstrutores e diversas resistências__ será seguir o rumo do precipício, o desmoronamento, a implosão.
15 de Dezembro de 2010
Esse senhor que plantou a notícia das escutas a Belém, nem sequer é o chefe da Casa Civil, só esse está mandatado para falar em meu nome...
Vão vendendo ilusões ao desbarato
Prometem sem poder tudo cumprir
Prometem com audácia... e a sorrir...
Mandam «plantar notícia»... que é boato!
Peritos na vil arte de gerir
Expectativas altas, sem rigor,
Ilusionistas falsos, sem pudor,
A verdade procuram obstruír!
É vê-los perorando, iludindo,
Ingénuos úteis, sem quaisquer defesas,
Crédulos militantes, ignorantes.
Falsas verdades vão-nos impingindo
Mentiras bem gorduchas, bem obesas,
Sempre a rir, elegantes, os tratantes...(1)
(1) Dizem que para mentir melhor é preciso vestir Armani!...
Post Scriptum: Por observação do sempre oportuno poetaeusou (ver comentário)
permito-me incluír esta quadra de António Aleixo:
Veste bem, já reparaste?
mas ele próprio ignora
que, por dentro, é um contraste
com o que mostra por fora.
ANTÓNIO ALEIXO







