Rafael Bordalo Pinheiro, o grande caricaturista, retratou-a assim. Mas assume cambiantes diversas e pode estar metamorfoseada em rostos distintos, usar gravatas berrantes, perfumes gritantes, andar em carros espampanantes... dar muitas entrevistas para os jornais locais, regionais, nacionais...até pode aparecer muitas vezes na TV, ela, a grande porca, é a vera responsável pela pobreza nacional, e, para germinar um magnata, há milhares de vítimas de mão estendida...
Essa é que é a questão. Não há inveja dos ricos,
oxalá todos o pudessem ser, há isso sim, a consciência de que esse dinheiro malbaratado(por governantes, autarcas, administradores de grandes empresas públicas...), se fosse aplicado em fins sociais e economicamente reprodutivos, o país teria outro rosto, a riqueza estaria mais bem distribuída, nem ficariam tantos anos no «poleiro» alguns que muito amam, dizem eles, porque muito mamam...
A GRANDE OBSCENIDADE É ESTA! MAS A IGREJA NÃO A VÊ!
Há tanta corrupção encapotada
Neste país de ratos, de ladrões,
P'ra nós não sobra nada, mesmo nada,
Fica tudo nas mãos de alguns mamões.
O mal do país é a mamadeira
P'rá cupidez não há regras nem leis
Até há «máfia boa» na Madeira
Mamões boçais, de-mentes, bem sabeis...
O país se afundando neste lodo
No cais da conivência: a justiça!
Aos pobres... dá tareia!, aos ricos: bodo!
Quem manda é a ganância e a cobiça
Sugando Portugal, o povo todo,
E... sempre a mesma corja! Porra! Chiça!
9.11.2010
11 comentários:
Sempre actual e, previsivelmente, assim continuará, até que a paciência se esgote!
Grande abraço!
A responsabilidade é de toda a gente: não há inocentes!
Um bom dia desejo.
Que alegria receber sua visita!
bjs.
Caro amigo...
Adorei sua doce visita em meu jardim... vem regar as flores sempre que desejares lá estar!
Amigo, os grandes que deveriam se importar em mudar isso, nada fazem! é pena!
beijo da rosa amiga
tenha um lindo dia
Iana!!!
Meu caro;
O texto bem corrosivo e com a qualidade de sempre.
O poema de excelência; por momentos, pensei, que o Bocage tinha saído da tumba para escrever mais um maravilhoso soneto.
Parabéns.
Um forte abraço.
Rafeiro:
Oxalá não se esgote...
são.
Tem razão, também somos culpados pelo nosso silenciamento...
Fátima:
A vida é um permanente afinar dos instrumentos: sensibilidade, espírito crítico, afectividade, ironia...
lana.
Seja sempre bem-vinda e colha as flores que quiser, este jardim é público!
Carlos Pereira:
Bocage continua actual no meu espírito. Todos herdámos um pouco a sua veia. Mas há que a refinar, os tempos são outros mas a choldra continua a mesma...
Se a coisa não mudou, então é porque é mesmo assim.
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