

Meus caros, é hora de despir as camisolas partidárias e defender o interesse de todos os portugueses. Quem governa, está com um olho nos indicadores económico-financeiros e outro nas sondagens, está com um olho nas finanças públicas e outro nas finanças partidárias. Os partidos no poder têm sugado o Estado para satisfazerem e privilegiarem uns em detrimento de outros, tendo em vista a garantia de colaboração nas campanhas eleitorais. Surgem os tráficos de influências abertos, escancarados e os encapotados.
Está na hora da mudança. O país está a ser alvo de chantagem dos mercados. Se emprestamos dinheiro à Irlanda a CINCO POR CENTO porque haveremos de sujeitar-nos a pagar SETE OU OITO aos mercados?!
Vamos dar as mãos. O ministro Amado tem uma certa razão quando diz que é preciso uma plataforma governamental mais alargada. Sím, é-o de facto. É preciso que as oposições não estrebuchem e criem motivos de sobra para que os mercados nos continuem a chantagear. A vilipendiar até...
Esta coisa do Orçamento de Estado só por si não é uma uma panaceia capaz de resolver todos os problemas. Há que governar por objectivos nacionais e civilizacionais e não por horizontes eleitoralistas. Não pode ir o carro eleitoral à frente dos bois... governamentais...
Assim, proponho a criação de um grupo de trabalho que estude a elaboração de um governo com elementos independentes, técnica e moralmente idóneos, de preferência fora do espectro partidário, capazes de levarem avante um projecto colectivo de salvação e regeneração nacional.
Que todos os partidos tenham uma palavra a dizer na formação desse governo. Que se possa obter uma plataforma consensual, minimamente credível, para que haja sincronismo e sintonia perfeita entre todos os seus elementos. O PR, não interferindo na governação, fará todos os esforços para limar arestas, reduzir atritos, superar dificuldades em ordem a uma maior flexibilidade e a um pragmatismo capaz de minimizar o actual estado de coisas. Um por todos e todos por PORTUGAL!
Que ninguém se sinta excluído nessa governação. Que todos procurem contribuír para o seu aperfeiçoamento. Que a AR não seja uma caixa de ressonância acrítica, mas que, de forma construtiva e com a sageza indispensável, acompanhe as iniciativas governamentais de molde a dar uma imagem de unidade nacional, nessa caminhada colectiva rumo à regeneração.
Já é tempo de se acabarem com os «boys» que actuam à revelia da legalidade e cumprindo desígnios obscuros, tantas vezes tendo em mente objectivos partidários eleitoralistas e não metas de teor patriótico. É tempo de acertarmos agulhas e apontarmos rumo ao progresso colectivo e não ao enriquecimento rápido de meia dúzia à custa do erário público e/ou de favores de quem tem poder de decisão no momento.
Que a corrupção seja combatida a sério com leis rigorosas que impeçam a continuação no poder de pessoas envolvidas nela. Que haja rapidez e rigor nessas sanções. Exequibilidade quanto baste a fim de se evitarem abusos resultantes de garantismos excessivos. Acabar com os esbulhos permanentes na esfera estatal.
Que o povo português não seja vítima colateral destes desmandos que ora se praticam em nome de uma democracia que só tem o nome, mas que, na essência, não passa de uma proliferação de pequenas ditaduras aqui e ali alojadas na estrutura do poder (central, regional ou local).
Que esse governo, de motivação nacional, interclassista e supra-partidário, possa actuar com firmeza sobre todos os desmandos que ainda teimem em ressurgir, como sabotagens encapotadas ou corrupção larvar.
Enfim, colocar à frente desse governo alguém com provas dadas e com carácter democrático. Que a ética seja o denominador comum entre todos os agentes políticos, económicos, laborais, culturais, judiciais, mediáticos.
Nomes?!
Isso é questão de somenos. A táctica está feita, a estratégia montada. Que mais é preciso?!
PORTUGAL, SÓ ASSIM, VENCERÁ!