O cidadão vulgar de Lineu interroga-se sobre os resultados palpáveis da cimeira de Lisboa. Será que sairá dali uma nova ordem internacional? Que novidades no tocante a alteração de violações de direitos humanos no continente africano (sobretudo Darfur e Zimbawe)?
Além das parcerias de índole económica (que estão em estudo e poderão ser implementadas no decurso de 2008), há toda uma parafernália de interesses que se poderão concretizar ou não tudo dependendo do acordos ulteriores. Enfim, deu-se um pontapé de saída. Mas o jogo continua...
No Zimbawe o prepotente e déspota Robert Mugabe continuará a urdir as suas tenebrosas teias
no sentido de amesquinhar a oposição interna e erradicar de vez a população branca eventualmente ali ainda radicada. A fascização cada vez maior do regime tenderá à sua eternização no poder. Ninguém tenha ilusões do contrário. As críticas de alguns governantes europeus (legítimas e fundamentadas) cairão em saco roto se não houver mecanismos de penalização do regime. A sua presença em Lisboa poderá até ser usada por ele como arma de propaganda política e surtir efeitos contrários aos pretendidos pelos seus opositores.
Enfim, a cimeira histórica teve facetas positivas, sem dúvidas. Mas também muito de aparato e folclore mediático sem exequibilidade prática na alteração do status quo existente.
Kadafi ficou ofendido com uma pergunta inocente. Ele, o "grande educador", o autoproclamado líder ideológico, a ser interpelado como se fosse o mau da fita? Mas que desaforo, que atrevimento, que ousadia, que falta de respeito pelo todo-poderoso senhor da Líbia...
Que muito do que ali se discutiu vai ficar em banho maria ninguém tenha dúvidas. A alegada "queda do colonialismo" é uma boutade digna de figurar numa antologia de anedotas...
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