
Um blogue plurifacetado procurando abordar questões de interesse sob perspectivas diversificadas. A independência sim, mas sempre subordinada a parâmetros de bom senso, de optimismo e de realismo. O mundo e a sociedade sob o olhar atento e desassombrado de um cineasta do quotidiano, um iconoclasta moderno, sem peias, sem tabus, sem preconceitos.
domingo, dezembro 30, 2007
A saga do Millenium: há que ter bom senso!

sábado, dezembro 29, 2007
Problemática da saúde e conjuntura económica.
Será desnorte governativo, excesso de zelo, emagrecimento sem motivações?
É óbvio que todos reclamam reformas. Todos dizem que há despesismo no sector. O diagnóstico é unânime. Contudo a terapêutica sofre cada vez mais contestação. Já se vislumbra no horizonte eleitoral um trunfo para a oposição. Já há quem veja o governo derrubado só pela gestão da pasta da saúde.
Será coragem ou excesso, a atitude do ministro em mandar encerrar SAP's em determinadas localidades, obrigando os utentes a recorrerem a serviços distantes da sua residência, em horários difíceis, gerando descontentamento generalizado?
É difícil responder com rigor a estas interrogações. Os resultados falarão por si. Nas proximidades do acto eleitoral é que se saberá ao certo qual o impacto. Estes efeitos colaterais, naturais e legítimos, manter-se-ão ou cairão no olvido?
é óbfvio que quem governa deve ponderar todos os cenários. O desgaste, a erosão que estas medidas impopulares provocam, poderão ser classificados como reformismo necessário, como coragem de cortar a direito, como mal necessário...
Contudo há quem olhe com desconfiança para estas medidas, não veja articulação com mecanismos capazes de suprirem certas lacunas; deveria ser adoptada uma política integrada, globalizante, gerando proveitos económico-financeiros e não causando grandes abalos na confiança popular. A questão dos transportes é crucial.
Oxalá a situação de regularize para bem de todos (utentes e agentes directa ou indirectamente ligados ao sector-saúde), contribuindo para o reformismo salutar que se deseja.
sexta-feira, dezembro 28, 2007
Benazir Bhutto a Mulher vilipendiada!

quinta-feira, dezembro 27, 2007
A Figura do Ano. Luiz Filipe Menezes

Eis a imagem do Estado, depois de expurgadas as gorduras supérfluas e ficar totalmente "desmantelado", como alvitra o Dr Menezes. Alguém discorda?!
terça-feira, dezembro 25, 2007
CAXINAS...

sábado, dezembro 22, 2007
Natal à beira-rio!...

Tal como David Mourão Ferreira, tão olvidado hoje em dia, mas sempre presente
nos que admiram a sua poesia, também Régio nasceu à beira-rio. Será este o sortilégio dos verdadeiros poetas? Quem sabe?... em Vila do Conde há tantos e de tanta qualidade, dir-se-ia um viveiro...
Natal à beira-rio...
É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava no cais, à noite, iluminado.
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra,
Vem tu, Poesia, vem agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?
David Mourão Ferreira... Obra Poética (1948-1988)
Editorial Presença
sexta-feira, dezembro 21, 2007
A procissão de alguns "lobos" pacifistas...

Sim, mas para toda a alcateia que vive sob a sua protecção...
Alguns falam de paz, para inglês ver,
Andam constantemente a guerrear;
A capa imaculada é para dar
Ar de cordeiro ao lobo a esconder...
Camuflagem de polvo, calculista,
Duplicidade, artes de embusteiro.
Não é um pacifista verdadeiro
Quem vê na paz fogo de vista!
Usam os tribunais como bastão,
Censura ao pensamento, à liberdade,
Que fracos pacifistas eles são!
Percorrem, quais pavões, toda a cidade,
Hipocrisia a rodos, procissão
De mordomos, propensa à hilariedade!!!
sábado, dezembro 15, 2007
Natal de quem sofre...

sexta-feira, dezembro 14, 2007
Tratado de Lisboa: Luz de realismo ao fundo do túnel da demagogia...

Os "amanhãs que cantam... " de novo a servirem de panaceias redentoras
de mentes obnubiladas pela demagogia e euforizadas artificialmente...
O Tratado de Lisboa, a tal magna carta que se pretende seja um sucedâneo de constituição, poderá ser um marco positivo ou negativo no relacionamento e na coordenação geopolítica na esfera europeia.
Um conglomerado de países, uma miscelânea de culturas, um concerto de nações mobilizadas para um caminhar colectivo na ânsia de vislumbrarem um futuro melhor para todos.
Será que as metas a almejar vão de encontro às expectativas criadas? Será que o futuro, longe do sonho doirado que foi prometido em discursos inflamados será um pesadelo para a grande maioria das populações?
Sem diabolizar nem sacralizar a Europa, há que fazer um apelo ao realismo e ao bom senso, e abordar com serenidade e sem preconceitos de índole ideológica a questão de fundo.
Vemos um desemprego, ainda que estancado - presume-se- , a ensombrar os horizontes de alguns segmentos da sociedade; observamos uma válvula de escape que tem sido providencial neste contexto de anemia geral - a emigração -, cada vez mais premente no quotidiano de várias famílias causticadas pela taxa de juro asfixiante; contemplamos com angústia a crise nas pescas, nos têxteis, na agricultura; ficamos preocupados com certo economicismo que subjaz à praxis governativa, gerando naturais descontentamentos, bem palpáveis nas áreas da educação, da saúde, da justiça; será para agravar ainda mais as já de si periclitantes condições de vida da maioria dos portugueses?
A interrogação é - deveria ser - o sentimento mais realista no momento presente.Não será ocasião para se repensar o modelo desenvolvimentista ora prosseguido, com os desencantadores resultados à vista? Há que reanalisar a questão de fundo, o paradigma sociopolítico até aqui predominante, há que corrigir as medidas subjacentes ao mau desempenho económico. Ou melhor, há que redesenhar o modelo para não penalizar ainda mais os mesmos, fazendo recaír sacrifícios sobre quem tem auferido chorudos proveitos com o actual sistema. Há quem aplauda com entusiasmo o actual status quo, pois tem retirado inegáveis proveitos com ele.
A banca, as grandes superfícies comerciais, telecomunicações, dentre outros, têm sorvido proveitos muito para além do expectável por outros sectores. Há até quem se interrogue se, em vez de estarem ao serviço da economia, no seu conceito mais elevado e socialmente desejável, se têm servido dessa mesma economia para a sugarem, pauperizando e levando à falência pequenos e médios empresários, lançando no desemprego e na miséria social largas franjas da população?
Ou seja: o bem de uns - uma minoria - não será a génese do mal de outros - grande maioria da população- perpetuando uma neofascização de um capitalismo catapultado pela mola neoliberal?
O enricamento brutal de uma pequena elite, que domina a superestrutura jurídicopolítica - vulgo sistema - é feito à custa da pauperização progressiva da maioria da população.
A corrupção vê-se e entra pelos olhos dentro. Bem prega Frei Tomás , sobretudo nas campanhas eleitorais e nos comícios eleiçoeiros a abarrotar de autómatos alienados pela euforia artificialmente criada, mas depois nada faz no sentido de corrigir os males denunciados. Todos criticam a corrupção no período ante-eleitoral. Depois, quem se senta na cadeira do poder - e seja quem for, há que denunciar o pecado - , põe todos os obstáculos para obstruír a marcha inexorável da corruptofilia que impera. Cavaco Silva bem fala - talvez por necessidade estratégica de calar alguns mais impacientes -mas o destinatário dos seus discursos nada faz nesse sentido - veja-se o atestado de subalternidade passado a Cravinho quando quis pôr o dedo nas feridas...
Será que a cassete vai continuar? A verberação da corrupção aquando na oposição e o nada fazer quando no poder? O prometer a regeneração quando em campanha e o meter na gaveta - debaixo do tapete? - quando no exercício do poder? Tudo indica que sim. Até que surja alguém, com vergonha na cara e carácter na alma, para corrigir os desmandos e a degenerescência reinante.
terça-feira, dezembro 11, 2007
Porto Vintage, será?!



Cimeira histórica ou fogo de vista?!
Além das parcerias de índole económica (que estão em estudo e poderão ser implementadas no decurso de 2008), há toda uma parafernália de interesses que se poderão concretizar ou não tudo dependendo do acordos ulteriores. Enfim, deu-se um pontapé de saída. Mas o jogo continua...
No Zimbawe o prepotente e déspota Robert Mugabe continuará a urdir as suas tenebrosas teias
no sentido de amesquinhar a oposição interna e erradicar de vez a população branca eventualmente ali ainda radicada. A fascização cada vez maior do regime tenderá à sua eternização no poder. Ninguém tenha ilusões do contrário. As críticas de alguns governantes europeus (legítimas e fundamentadas) cairão em saco roto se não houver mecanismos de penalização do regime. A sua presença em Lisboa poderá até ser usada por ele como arma de propaganda política e surtir efeitos contrários aos pretendidos pelos seus opositores.
Enfim, a cimeira histórica teve facetas positivas, sem dúvidas. Mas também muito de aparato e folclore mediático sem exequibilidade prática na alteração do status quo existente.
Kadafi ficou ofendido com uma pergunta inocente. Ele, o "grande educador", o autoproclamado líder ideológico, a ser interpelado como se fosse o mau da fita? Mas que desaforo, que atrevimento, que ousadia, que falta de respeito pelo todo-poderoso senhor da Líbia...
Que muito do que ali se discutiu vai ficar em banho maria ninguém tenha dúvidas. A alegada "queda do colonialismo" é uma boutade digna de figurar numa antologia de anedotas...
domingo, dezembro 09, 2007
Cimeira de Lisboa: negócios vs direitos humanos.

quinta-feira, dezembro 06, 2007
Homenagem à hombridade.

quarta-feira, dezembro 05, 2007
Al Capone anda por aí!...
Será que a noite anda sob o controlo de um novo Al Capone de feição lusa? Será que as autoridades receiam intervir com medo de ferir algum tentáculo mais sensível?
Em Itália só após a queda de Berlusconi os carabinieri tiveram coragem para prender o líder da máfia local. Algo de muito obscuro havia naquele universo de promiscuidades recíprocas. Algo de nebuloso há neste momento em certos meios . Receia-se que os mandantes sejam intocáveis acima de quaisquer suspeitas.
Algo vai podre no Reino da Lusitânia.
domingo, dezembro 02, 2007
Liberdade, Liberdade!
