Muito embora sem aquele gesto característico do Seu antecessou João Paulo II, beijando a terra no local onde poisava, como prova de respeito, este papa tem assumido um papel muito interventivo na defesa do ambiente. Certamente ainda não chegou ao ponto de considerar um pecado o atentado contra o meio-ambiente mas não demorará muito.
De facto, assistimos a um insano ataque ao meio-ambiente nos nossos dias. Além da falta de cuidado no tratamento de efluentes (aqui as autarquias têm um papel muito pedagógico) há que atentar na emissão de gases que vão paulatinamente deixando a atmosfera em estado catastrófico (nalguns locais) provocando o chamado efeito de estufa, que é sem dúvida um malefício com efeitos multifacetados (alguns se calhar ainda não explorados ou detectados em profundidade); a camada de ozono está danificada e não filtra os raios ultra-violeta, nem protege os animais e plantas dos efeitos nocivos do sol. O degelo dos glaciares poderá, a médio e longo prazos, ser uma tragédia de efeitos ainda não totalmente previsíveis.
Que Sua Santidade se assuma como paladino nesta área tão sensível é de enaltecer e de louvar, pois todos os esforços serão bem-vindos neste domínio. O património que herdámos dos nossos antepassados precisa de ser preservado. Ser ecologista já não é uma mania (ou tara como alguns ainda alegam) mas um dever de cidadania, uma missão que se deve transmitir a todos com a minúcia e até o carinho indispensáveis para que o planeta se conserve saudável (e nos conserve igualmente saudáveis) por muitos anos.
Parabéns a Bento XVI por este seu empenhamento. Era bom que se despoluíssem também as mentalidades, sobretudo as fundamentalistas, de todos os matizes e de todos os credos. Mas isso é tarefa bem mais difícil. O que mais vemos é fundamentalismos idiotas a poluír o ambiente e o convívio saudável. Mas idiotas sempre hão-de existir... não se podem capturar como as borboletas...
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