Tolos são aqueles que andam aí de bandeira na mão, sorrisos alucinados a levá-lo aos ombros...
Quer criar o ministério do mar, mais uma tonteria... nem sequer tem poderes para isso; depois deu cabo da nossa frota, ajudou a afundar a agricultura, os fundos estruturais levaram um sumiço, e hoje andam por aí nos off-shores de meia dúzia que navegam no mar da plutocracia... ele ri-se e não comenta. Napoleão de hospício?!
Que comente o povo, no próximo dia vinte e três.
Ele, a narcisista gaivota azul, mais sério que todos os sérios do planeta, mais competente que todos os competentes, é o supra-sumo da arrogância, da vaidade, do posso quero e mando...
O Manholas coitado, caíu abaixo da cadeira e nem dinheiro tinha para a mandar reparar...
Um mar de properidade se observa nos horizontes mais próximos: o povo nada vê, a comunicação social nada divulga, o país, essa cambada de labregos que nos veneram como semi-deuses, que nos aplaudem com frenesim, não merece mais...
Alguns, de ar saciado
e carteira sorridente,
perfil engravatado
sorriso conivente
DIZEM-NOS:
Vinde, vinde por aqui!
O homem nunca se engana
Nunca perde a tramontana
Não comenta... só sorri!
Diz-se amante da verdade
Co'ela tem compromisso
Mas não se dá por isso
Também ama...a opacidade!
DIZEM-NOS:
Vinde, vinde por aqui!
Salvador de Portugal
Ele é providencial
Tem um dom dentro de si
Que o leva a não se enganar...
Ele é sério, seriíssimo
Ele é puro é puríssimo
Ninguém ouse duvidar!
DIZEM-NOS:
Vinde, vinde por aqui!
Ele tem aura, talento,
Possui perfil salazarento
Este deus-cherne segui!
Ele é o nosso redentor
O preclaro timoneiro
É por si bota-fumeiro
Do ar... purificador!
MAS PERGUNTO AOS MEUS BOTÕES:
(com ar frio e circunspeto)
Será que tem um projeto
Credível? Tem soluções?
No passado mais recente
Foi da Pátria Salvador
Mostrou todo o seu esplendor
Deu fruto... sua semente?!
MEUS BOTÕES ASSIM FALARAM:
Não, não ides por aí!
Nesse perfil pardacento
Só se ouve: «não comento!»
É vazio, só sorri...
O sorriso é um biombo
Para ocultar a ruim verdade
Da sua cumplicidade
Na banca que levou rombo!!!
Não, não ides por aí!
A verdade ele sonega
E toda a gente anda cega
O povo ele goza e ri
As «escutas» que inventou
Não lembraria ao «Manholas»(1)
Quer fazer de nós artolas
E jamais as explicou!!!
(1) Cognome dado a Salazar, pelos oponentes ao regime.
Um mar de properidade se observa nos horizontes mais próximos: o povo nada vê, a comunicação social nada divulga, o país, essa cambada de labregos que nos veneram como semi-deuses, que nos aplaudem com frenesim, não merece mais...
Alguns, de ar saciado
e carteira sorridente,
perfil engravatado
sorriso conivente
DIZEM-NOS:
Vinde, vinde por aqui!
O homem nunca se engana
Nunca perde a tramontana
Não comenta... só sorri!
Diz-se amante da verdade
Co'ela tem compromisso
Mas não se dá por isso
Também ama...a opacidade!
DIZEM-NOS:
Vinde, vinde por aqui!
Salvador de Portugal
Ele é providencial
Tem um dom dentro de si
Que o leva a não se enganar...
Ele é sério, seriíssimo
Ele é puro é puríssimo
Ninguém ouse duvidar!
DIZEM-NOS:
Vinde, vinde por aqui!
Ele tem aura, talento,
Possui perfil salazarento
Este deus-cherne segui!
Ele é o nosso redentor
O preclaro timoneiro
É por si bota-fumeiro
Do ar... purificador!
MAS PERGUNTO AOS MEUS BOTÕES:
(com ar frio e circunspeto)
Será que tem um projeto
Credível? Tem soluções?
No passado mais recente
Foi da Pátria Salvador
Mostrou todo o seu esplendor
Deu fruto... sua semente?!
MEUS BOTÕES ASSIM FALARAM:
Não, não ides por aí!
Nesse perfil pardacento
Só se ouve: «não comento!»
É vazio, só sorri...
O sorriso é um biombo
Para ocultar a ruim verdade
Da sua cumplicidade
Na banca que levou rombo!!!
Não, não ides por aí!
A verdade ele sonega
E toda a gente anda cega
O povo ele goza e ri
As «escutas» que inventou
Não lembraria ao «Manholas»(1)
Quer fazer de nós artolas
E jamais as explicou!!!
(1) Cognome dado a Salazar, pelos oponentes ao regime.
15 comentários:
Este Manholas não usa as botas do Botas. Talvez venha a cair da cadeira, ainda que eufemisticamente.
A atitude do "nunca me comprometo" não me agrada nada, tal como não me agradou a sua governação.
Não voto nele, de certeza, e nunca votei.
Abraço do Zé
Meu caro amigo;
Poema SENSACIONAL; que belo retrato do "Manholas de Boliqueime".
Gostei imenso, como sempre.
Um forte abraço.
Que rico grupelho está nessa foto. Qual dele o mais responsável pela situação do país e arredores? Todos a comer da mesma panela como vão descobrir-se as verdades.
Um abraço
Victor Gil
matando a saudade..
bjs.Sol
Zé povinho:
«Não comento!» é a frase mais ouvida por este candidato quando interrogado...
Se o acto eleitoral é um exame, um aluno que presta provas assim, não respondendo ao que importa clarificar, é manhoso... esquiva-se, dribla a realidade... será que isto dará nota positiva?!
Oxalá o povo, o vero examinador, saiba tirar as ilações!
carlos pereira.
Espero que este poema seja a arma da pedagogia contra a demagogia reinante...
Victor Gil:
A mesma pergunta eu faço. Seria a estes que se referia Jardim, quando há dias clamava :
__É preciso acabar com o ESTADO-POLVO!?
solange:
Mate, mate... não vai presa por isso...
Nele?
Jamais!
Muito bons estes versos! Mande para os jornais!
Se ele tem um projecto?! Tem, tem ... pôr lá o PSD rapidamente e viver muito descansadinho a passear a Maria por todo o lado! Temos os parolos que merecemos... Que pena!
Carol:
Jornais?!
Os jornais estão com o rabinho entre as pernas. Já me disseram: «tem cuidado! olha que o tipo é vingativo!»
O país anda de cócoras perante esta figura caricata a quem o economista João Salgueiro apodou de «Napoleão de hospício!» e depois passou a vida a lamber-lhe as botas para se redimir...
Boa, boa Bernardino
Que não tem papas na língua.
Mas não vai adiantar!?
O Povo anda em desatino
E mesmo morrendo à míngua
No Manholas vai votar.
... e eu que já não tenho tempo para ver isto mudar!
Um abraço.
A.M.
É um país pequeno, todos são primos e primas de Afonso Henriques.
durindana:
Tanto pessimismo... essa espada está mesmo cheia de ferrugem, meu caro!
O populismo só engana os ingénuos úteis, não queira ser um deles...
Taxis.
E clones também...
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