segunda-feira, janeiro 10, 2011

O radicalismo d' Ele...

Acusa os outros de radicais, mas como não é muito propenso à introspeção, olha muito para fora e pouco para dentro, não vê o argueiro no seu próprio olho...

Senão vejamos:


1- REGIONALIZAÇÃO:

Quem não se lembra do seu discurso apologético, fazendo crer aos seus apoiantes que estava ali a panaceia universal capaz de resolver tudo: a macrocefalia, o isolacionismo do interior, a eficácia orçamental, enfim, com ela, o país iria para um outro patamar...

Depois, bem, depois... MUDOU RADICALMENTE o discurso e passou a proclamar que ela (Regionalização) era péssima! era fonte de despesismo, de clientelismo, de corrupção e criaria mais burocracia; seria mais um travão ao desenvolvimento, era um tampão ao progresso, um entrave à democratização, um empecilho eivado de burocracias e outros pecados...

Afinal, em que ficamos, professor? é boa ou má a regionalização?! Se calhar nunca saberemos a sua posição exacta tão cataventista é a sua personalidade...

2- SUPERVISÃO

Ele diz que a supervisão falhou redondamente na questão da banca. Ele, o supervisor-mor, o observador-mor da República, carregado de assessores pagos a peso de ouro para lerem jornais, ouvirem rádios, percorrerem o país para serem os olhos e ouvidos da república, nunca lhe disseram nada?!!
Ou disseram mas não interessava muito investigar casos como os do BPN onde o conselheiro de Estado Dias Loureiro foi, ele próprio, ao Banco de Portugal queixar-se de que o seu banco estava a ser «perseguido»?! Como Conselheiro de Estado deveria ter informado disso o chefe de Estado!!!

O Chefe de Estado é também o responsável pelo «regular funcionamento das instituições»!
Também é, à sua maneira, um supervisor. Assistiu ao desbobinar deste cenário apocaliptico e não exerceu a famosa «magistratura de influência»?!

Mas, sejamos honestos, supervisão nunca foi muito do seu agrado...

Lembram-se das famosos FORÇAS DE BLOQUEIO?!

Ele, então primeiro-ministro, vergastava forte e feio os supervisores que ralhavam com a sua má administração do país a cujos reflexos o sempre esclarecido Miguel Cadilhe haveria de tecer duras críticas, chamando-lhe o «pai do monstro»...O Tribunal de Contas e o Provedor de Justiça bem clamavam, bem exigiam transparência e racionalidade económica, mas ele, pesporrente e fanfarrão, invectivava-os e apodava-as de «FORÇAS DE BLOQUEIO»...

Este presidente não tem rumo, não tem postura credível, não tem um paradigma confiável. Ele hoje é alfa, amanhã é ómega, ele é a contradição em si próprio...
Afirma hoje uma coisa, pleno de convicção, cheio de presunção, e amanhã, afirma o seu contrário, com igual presunção, igual ênfase, com a mesma postura narcisista e megalómana!
Denominador comum: aquela afirmação infantil de todos conhecida e que deu azo a tanta galhofa: «eu raramente tenho dúvidas e nunca me engano
Se não tem, afinal em que é que ficamos no que concerne à Regionalização?!

Gabou-se dos seus créditos, tal qual se gaba agora; o que lhe valeu tal arsenal de sabedoria que diz albergar no seu predestinado cérebro? De que lhe vale tanta presunção e água benta se não nos livrou do «inferno« a que chegámos?! Ele está no céu!!! Ver aqui:
Valha-nos Nosso Senhor Jesus Cristo, que, com Ele ao leme, de certeza nunca chegaríamos a isto!!!

3 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Segundo as sondagens teremos que o aguentar ao leme ainda outro mandato! :-((

José Leite disse...

Rosa:

Há tanto dinheiro sujo envolvido neste jogo que não acredito em «sondagens»: é tudo fruto de um marketing despudorado! até se compram sondagens neste mundo-cão!!!

Táxi Pluvioso disse...

E foi ele que abriu Portugal às sociedades de investimento.