Um blogue plurifacetado procurando abordar questões de interesse sob perspectivas diversificadas. A independência sim, mas sempre subordinada a parâmetros de bom senso, de optimismo e de realismo. O mundo e a sociedade sob o olhar atento e desassombrado de um cineasta do quotidiano, um iconoclasta moderno, sem peias, sem tabus, sem preconceitos.
segunda-feira, junho 28, 2010
Nobel da Economia contra contracção da economia
Bento XVI:_ Me diga senhor presidente, a chamada «Lei de Gresham» também se aplica ao clero?
Prof Cavaco:__ Vossa Santidade me desculpe, mas eu, desde que cheguei ao topo, deixei de usar essa linguagem. Sinto que sou a «moeda má» que afastou as boas...
Bento XVI:__ Não se recrimine professor. Também tenho os meus pecados mas já estou farto de pedir perdões... tudo por causa das «moedas más» que me antecederam e protegeram quem não merecia ser protegido...
O prémio nobel da Economia defende um redireccionamento dos investimentos (ver aqui, no Público)e até a criação de bancos públicos (nacionalização) em detrimento da injecção maciça de elevadas somas no sistema bancário. Subliminarmente aconselha a criação de bancos públicos a fim de melhor controlar o investimento.
A fúria privatizadora deu no que deu. O dilema público versus privado deu lugar a outra perspectiva: a racionalidade económica, a eficaz supervisão, a planificação criteriosa nos investimentos, enfim, a melhor utilização dos fundos para dinamizar a economia, a melhor opção
para o superar desta crise multifacetada.
Os apologistas do corte cego, do não investimento como forma de estancar o défice, são confrontados agora outra análise. Mais lógica, mais racional, diria até mais Keynesiana.
Joseph Stiglitz defende que uma economia nacional não é como a economia familiar.
E concretiza: «Se uma família não pode pagar as suas dívidas é-lhe recomendado que gaste menos. Mas numa economia nacional, se se corta o gasto, a actividade económica cai, nada se investe, aumenta o gasto com o desemprego e acaba-se sem dinheiro para pagar as dívidas».
Cavaco concordará?! Ele, agora em fúria eleitoralista ou pré-eleitoralista, deitou fora a roupagem académica e vestiu o trajo politiqueiro... Longe vão os tempos em que só precisava de um extintor de otimismo (ver aqui neste blogue a 21 de Maio de 2008- «O fogo da corrupção alastra...»)para acabar com a crise... Como é ridículo vê-lo agora, que estão a ser corrigidos os desmandos, a verberar, quando deveria tê-lo feito na altura oportuna, quando o incêndio (económico-financeiro) já lavrava e ele nada via... assobiava para o ar e reclamava otimismo como panaceira redentora! O elixir de todos os males! Não se apercebeu sequer do estremecmento deste novo-Titanic chamado Portugal! Queria a orquestra sempre a tocar!...
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9 comentários:
Estou de acordo com o amigo, quanto mais reduzido for, o poder de compra da população, mais empresas, industria e comércio, entram em dificuldades, reduzindo por isso os postos de trabalho. Mais desemprego gera maior despesa pública e mais cortes nos rendimentos da população. É o que se chama uma bola de neve.
A minha ignorância sobre assuntos de política e economia, não me permite vislumbrar como se pode seduzir os empresários nacionais e estrangeiros a investirem neste país com uma população mal paga, desmotivada para a produtividade.
Um abraço
Eu também subscrevo tudo o que dizes!
Abraço
Olá rouxinol...faz tempo que não sinto os teus trinados!...
O panorama é sempre o mesmo, mas quem tem vontade de cantar?
Aquele apertadinho abraço da laura
"Que o sussurrar do vento te leve um beijo carinhoso e eterno e me deixe em seus pensamentos para que a distância não apague em ti minha existência."
(Autor desconhecido)
Beijos & Flores........M@ria
o tempo que passa:
São os sinais do tempo. De facto, não se investindo, não há emprego e não se podem pagar as dívidas.
Há que investir criteriosamente: gerando riqueza, dando postos de trabalho produtivos, criando efeito multiplicador e se possível gerando exportações.
Rosa dos Ventos,
Ainda bem. Comungamos o mesmo ideário desenvolvimentista. Ordem e progresso!
Laura,
Da maneira que isto está, nem dá para cantar...
M@ria,
O vento nem sempre nos sussurra o que queremos... mas agradeço o voto formulado.
Ele quando fala na criação de Bancos Públicos não deve conhecer o nosso pequeno quintal, acho que ainda se lembra da nossa C.G.D. ter emprestado aos amigos, dinheiro para comprar acções que acabaram por valer menos que o empréstimo e de outros negócios escuros, para os compinchas lol
Administradores incompetentes mais preocupados em fazer a sua quota de anos para poderem ir acumulando reformas milionárias,...
Um rico quintal onde dinheiro que entra, entra em algibeiras onde não deve.
Quanto a injectar dinheiro na economia, concordo, desde que houvesse mais uns idiotas para o continuarem a emprestar a mafiosos que nem honra de bandido têm lol
Bjos
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