De duas uma: ou pensa a sério nisso e só tem uma saída, exonerar o governo, ou usa esta expressão para criar problemas ao país, sabotar a nossa economia, denegrir a nossa capacidade de regeneração das contas públicas, afundar a reputação do governo__ e então, a saída é óbvia__ a sua própria demissão!
Isto assim não pode continuar! Ele é o garante da estabilidade, logo, ou se demite para evitar que o País «caia», ou exonera o governo!
Meias-tintas é que não. O povo não pode sustentar mais esta farsa! Já chega de demagogia barata, de farsa, de hipocrisia!
Isto de andar à segunda-feira a dizer que é pela concertação estratégica e à terça a destilar ódio a essa mesma concertação, com palavras gritadas na praça pública, em girândolas desestabilizadoras e de óbvio impacto mediático internacional, não é de garante da estabilidade, de garante do regular funcionamento de instituições, enfim, não é de quem deveria ter CARÁCTER!
O país inteiro já percebeu (ver aqui o director do JN...) que Cavaco não resistiu à tentação. Caíu no pecado capital de se aproveitar do cargo, do pedestal de Belém, para usar como rampa de lançamento da sua própria candidatura. Ou melhor: recandidatura!
Quem peca vai para o inferno. O inferno é o «direito à indignação»! «A voz do povo é a voz de Deus!»«Vade retro, Cavaco!»
Enfim, longe vão os tempos (Maio de 2008, ver aqui...) em que ele Cavaco cooperava com o governo, dizendo que era preciso «resistir ao pessimismo»!!!
Os que avisavam para as nuvens negras anunciadoras de mau tempo económico ele, Cavaco, imbuído de feroz otimismo, vergastava-os e anatematizava-os com o seu «é preciso resistir ao pessimismo!»Poucas vezes condenou o clima de permissividade reinante e conducente a corrupções mais ou menos descaradas e que mereceu críticas severas de entidades tão diferenciadas como Guilherme Oliveira Martins, Maria José Morgado, Paulo Morais, Marinho Pinto.
Agora, digo eu __ e dizem as pessoas sensatas e lúcidas deste país__ é preciso resistir ao pessimismo catastrofista de Cavaco, estilo «política de terra queimada», que visa colher dividendos eleitoralistas, de uma forma pouco ética, pouco honesta, pouco digna de um presidente de todos os portugueses.
Em suma, é grotesco assistir a este patético cenário: ou se demite ou exonera o governo! Assim, não!
2 comentários:
É a chamada "insustentável leveza" do seu carácter!
Abraço
Morais Sarmento talvez dissesse: «ele tem mau halito politico!»
E não tem cura!
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