Um blogue plurifacetado procurando abordar questões de interesse sob perspectivas diversificadas. A independência sim, mas sempre subordinada a parâmetros de bom senso, de optimismo e de realismo. O mundo e a sociedade sob o olhar atento e desassombrado de um cineasta do quotidiano, um iconoclasta moderno, sem peias, sem tabus, sem preconceitos.
terça-feira, outubro 09, 2012
Os pais da crise...
Em tempos, o dr Miguel Cadilhe faou no monstro despesista e no seu putativo pai: Cavaco Silva.
Ora são muito redutoras estas análises. Os pais são tantos e tão diversificados que será muito difícil elencá-los a todos.
O governo actual é também vítima de um passado próximo e longínquo que está na génese da crise actual. A União Europeia, com os seus planeamentos e visões globais também tem muitas culpas no cartório.
Isto de colocar os países sob a tutela da banca, gerando-se situações bizarras, de juros altíssimos para uns e de borla para os mais afortunados, é algo de patológico na sua génese neoliberal. As cotações da credibilidade dos países, nas agências de notação financeira, é algo que deveria ser minimizado ou corrigido a médio prazo. O actual status quo é degradante e cria discrepâncias que se irão acentuar cada vez mais criando países altamente beneficiados e outros altamente prejudicados. O centro e norte em notória vantagem sobre alguns do sul e da periferia.
A culpa não é só deste governo. A justiça ao longo dos tempos tem sido também ela uma trave mestra do edifício chamado crise. O elitoralismo exacerbado, atingindo o seu clímax na Madeira e nalgumas autarquias que bem conhecemos, tem conduzido a situações altamente lesivas da racionalidade económica . O monstro despesista é filho de várias entidades: nepotismo, clientelismo, partidocracia, demagogia, populismo...
Criar novos hábitos, erradicar práticas danosas, erigir um novo paradigma social é urgente, é imperioso. Era bom que nas escolas se cultivassem princípios de racionalidade económica, de um viver mais austero e compatível com a realidade que nos irá acompanhar na próxima década.
O tempo das vacas gordas passou mas deixou marcas profundas na sociedade, nas mentalidades dominantes. O clima de festa que ainda impera, o eleitoralismo fácil e o populismo manhoso são o caldo de cultura onde floresceu o vírus da crise. Há que vacinar a sociedade contra essa maleita. Urgentemente.
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3 comentários:
saudade daqui...
uma feliz semana pra ti..
bjs.Sol
As crises tanto de vacas gordas ou magras vão e voltam e sempre deixam marcas. Que tudo fique melhor! abração,chica
Perfeitamente de acordo!
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