quinta-feira, outubro 18, 2012

IMPASSES, como resolvê-los?!



D. José Policarpo, usando o protagonismo que lhe confere a presença em Fátima, no dia 13 de outubro, disse, alto e bom som, que as manifestações não resolvem nada. O respeito que me merece este alto dignitário da Igreja Católica inibe-me de ir ao âmago do problema.

Vem a talho de foice recordar a postura do general Ramalho Eanes aquando da formação de um governo de iniciativa presidencial que teve Maria de Lurdes Pintassilgo como protagonista. VER AQUI

Quando a erosão das instituições começa a ser palpável e o desmoronar do próprio Estado é um fato visível a olho nu, as manifestações surgem de todo o lado. O espírito revolucionário (lato sensu) emerge como último recurso. Será que os sacrifícios que nos estão a ser pedidos levarão a algum porto seguro? Será que é preciso repensar a génese de tudo isto? Valerá a pena persistir nesta via sacra sem fim à vista?

A união europeia ou envereda por rumos mais justos, mais solidários, mais eficazes, ou então há que fazer opções. Um país, por muitos erros que possa ter cometido no passado rcente__ e não foram poucos, diga-se por uma questão de justiça__ estará condenado a ser trucidado pela agiotagem, merecerá ser devorado pela volúpia e ganância sem limites dos mercados financeiros?

Saír do euro começa a ser uma opção séria, credível, racional. E saír enquanto as condições ainda não são alarmantes.

É que poderá surgir um tempo em que nem as eleições, nem as manifestações, resolvam alguma coisa. E esse tempo está mais próximo do que se imagina.

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