Todos sabemos que a austeridade é precisa. Ninguém a contesta por si. O que está em causa é quem a sofre e qual o grau dessa mesma austeridade. ´E preciso saber quem deve suportar o maior esforço neste desígnio nacional que é o saneamento economicofinanceiro.
Não vale a pena diabolizar ministros ou instituições de forma frenética sem sentido de responsabilidade. O FMI e a Troika são entidades que também podem errar. Devemos ser nós, com sentido de responsabilidade, a abrir-lhes os olhos.
O país só com austeridade pela austeridade não sai da cepa torta. É preciso investimento. E esse papel também deve caber a instâncias internacionais com responsabilidades no estado a que se chegou. A união europeia também tem culpas no cartório. A questão da criação tardia e espontaneísta do FEEF e a disponibilização do BCE para acorrer aos mercados a fim de minorar o efeito especulativo sobre alguns dos seus membros prova que havia lacunas, ineficácias, erros crassos.
Há situações que podem e devem ser corrigidas. A Sra Merkell pode ajudar-nos incentivando os empresários alemães a aproveitaram o potencial português. Temos mão de obra relativamente competente e eficaz e é preferível aproveitá-la cá em Portugal, investindo aqui, do que deslocalizá-la para a Alemanha (pagando mais e não retirando todas as potencialidades dessa mao de obra...); o ministro das Finanças deve incorporar um pouco de uma visão económica na sua prática. A economia nunca pode ser subalternizada.
O país só se desenvolverá com equilíbrio, com sageza, com hatrmonia se os sacrifícios forem homogeneizados. O capital também deve suportar a sua quota parte neste esforço coletivo.
Enfim, há que ser responsável e ter sentido de Estado. Aos sindicatos deve pedir-se também uma certa contenção, não mordaças intoleráveis, mas uma visão macroeconómica subjacente à realidade que todos pisamos. O barco nacional é comum.
2 comentários:
Nem mais.
Um abraço
Ainda é cedo (o governo tem apenas 1 ano e tal)para se aquilatar se o ruído dos flagelados, da comunicação social e dos filhos de derrotados do 25 de Nov.75 têm razões de ser.
Até lá, (o tempo necessário) é preciso consciência dos perigos a que está sujeita a democracia.
Um bom post.
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