MARIEMA, a «sueca de Campo de Ourique»
Nesta República há tanto mediatismo excessivo, para quem está na moda, no topo... e simultaneamente um ostracismo feroz para quem já não está no pedestal...
Criam-se mitos , cultuam-se por vezes algumas banalidades, e depois, a fama desvanece-se e os media metem na gaveta mesmo as pessoas com mais qualidade, como é o caso desta senhora do Fado e da Revista, actualmente na Casa do Artista...
Já na ternura dos setenta, aqui vai um beijinho de um admirador... mais jovem, mas sempre atento....
MARIEMA
O fulgor ma mocidade
Já lá não está, foi-se embora
Resta apenas a saudade
Do que foi a diva... outrora.
Fica apenas o talento
Esse sim, intemporal
A classe, um doce fermento
Que incorpora o pão-astral...
Se o viço saíu da rosa
O perfume se mantém
Continua radiosa
É rosa que... cheira bem.
Cheira a Lisboa, pois cheira,
A gente sente no ar
Tão bela, sempre brejeira
Levou tempo a refinar!
Tem um sabor outonal
Folha livre... como o vento
O seu fado intemporal
Não nos sai do pensamento...
Elegância não lhe falta
Porte altivo, de rainha,
Mariema... testa alta
Diva do fado... alfacinha!
Nesta República há tanto mediatismo excessivo, para quem está na moda, no topo... e simultaneamente um ostracismo feroz para quem já não está no pedestal...
Criam-se mitos , cultuam-se por vezes algumas banalidades, e depois, a fama desvanece-se e os media metem na gaveta mesmo as pessoas com mais qualidade, como é o caso desta senhora do Fado e da Revista, actualmente na Casa do Artista...
Já na ternura dos setenta, aqui vai um beijinho de um admirador... mais jovem, mas sempre atento....
MARIEMA
O fulgor ma mocidade
Já lá não está, foi-se embora
Resta apenas a saudade
Do que foi a diva... outrora.
Fica apenas o talento
Esse sim, intemporal
A classe, um doce fermento
Que incorpora o pão-astral...
Se o viço saíu da rosa
O perfume se mantém
Continua radiosa
É rosa que... cheira bem.
Cheira a Lisboa, pois cheira,
A gente sente no ar
Tão bela, sempre brejeira
Levou tempo a refinar!
Tem um sabor outonal
Folha livre... como o vento
O seu fado intemporal
Não nos sai do pensamento...
Elegância não lhe falta
Porte altivo, de rainha,
Mariema... testa alta
Diva do fado... alfacinha!
3 comentários:
Belo poema em quadras bem conseguidas e de rimas perfeitas.
Gostei bastante.
Um forte abraço.
Carlos:
Afinal a Mariema merece!
A «sueca de Campo de Ourique» como era conhecida nos tempos áureos era uma senhora com garra...
A vida por vezes é ingrata e ainda bem que há a Casa do Artista!
Abraço
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