Há tempos não muito longínquos um cidadão disse que a justiça estava ser capturada pelo poder local.
De facto, por vezes parece. E não só pelo local.
Veja-se na América as teses lançadas (em livros, em filmes) por diversas entidades sobre diversos casos não totalmente esclarecidos em tribunal: a morte de Kenedy, a morte de Luther King, a morte de Marilyn Monroe... Alguma vez a justiça se opôs à divulgação dessas teses? A especulação anda no ar, a realidade ninguém a conhece na totalidade, contudo a liberdade de expressão consagrada na constituição permite que se possa especular.
Cá em Portugal a morte de Sá Carneiro e de todos os ocupantes do avião caído em Camarate nunca chegou a ser totalmente desvendada pela justiça. As especulações surgiram, a tese de atentado foi a mais marcante e aquela que grangeou mais adeptos. Houve até quem apontasse erros e falhas (propositadas ou não) à própria PJ. As especulações continuam. A liberdade de expressão permite que se especule à sua volta. Os indícios são apontados e procuram fazer-se conexões em defesa de determinadas teses.
Contudo, vem agora a justiça dizer que o ex-inspector Gonçalo Amaral não pode especular. Ele, que obteve indícios mesmo com a colaboração das autoridades e laboratórios ingleses, que foi atacado por certos órgãos mediáticos com um furor chauvinista nunca visto, não pode defender a honra do convento?Não pode defender toda uma classe obscena e impudicamente atacada!!!
Enfim, há quem considere haver promiscuidade entre justiça, jornalismo e poder...
É de bradar aos céus! não vou dizer que o tal Fundo (de apoio à Maddie) «capturou» a justiça portuguesa! Mas não deixa de ser intrigante! Será que o «negócio» (há uma tese que defende essa manobra para legitimar de forma excessiva a constante procura... de algo que pode já ter desaparecido... mas que importa manter a encenação até aos limites!) dos ingleses é mais defensável que o «negócio»(dizem alguns entendidos na matéria, que Gonçalo Amaral não se está a defender, está mas é a querer ganhar dinheiro à custa da desgraça alheia... tudo teses, especulações...) dos portugueses?!
Pobre país que continua amochado à Velha Albion; há ultimatos a mais na nossa relação institucional...
Venha alguém acabar com esta vileza, esta submissão, este terceiromundismo que nos degrada e nos avilta aos olhos do mundo inteiro!
Haja dignidade, haja orgulho nacional, porra!!!
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