quarta-feira, janeiro 13, 2010

Liberdade, onde andas tu?!


Será que esta estátua de neve que representa um dínamo será motivo para processar os seus autores por ter semelhanças com o órgão genital masculino?!
O país mudou. Para pior, devo dizer. Há pressões na justiça, confirmadas e já sancionadas. Há um casal inglês que quer proibir a publicação de um livro onde um ex-inspector da PJ relata as suas convicções profundas alicerçadas em indícios muito fortes colhidos em laboratórios ingleses e até com a ajuda de cães ingleses. Será crime ter opiniões? Será que a recusa do casal inglês em colaborar numa reconstituição não vai corroborar a tese do ex-inspector?
A justiça não pode ficar refém do poder económico de alguns. A justiça tem que defender os economicamente débeis, os mais fracos; há que defender a liberdade em todos os sentidos.
Os «Gatos Fedorentos» vão ser processados por alguém que tem relações dúbias com certos meandros da justiça. Esse alguém já mentiu, aliciou, intimidou. Esse alguém goza de uma reputação pouco lisonjeira em certos meandros.
Até que ponto o país vai permitir que o poder económico (e quiçá político...muito embora neste último caso o cidadão em causa, de orientação política definida não tem nenhuma, está encostado a quem der mais...) faça gato-sapato do poder judicial?!
Será preciso um levantamento popular? Um ultimatum?
Pobre país capturado por meia dúzia de endinheirados que navegam no mar da prosperidade e querem pôr os outros no mar das tormentas!...

8 comentários:

maria teresa disse...

O demo da democracia anda à solta há muito...
Abracinho

Pena disse...

Admirável Amigo:
Um Post que preenche pelo desencanto e tristeza constatadas no Portugal de Hoje, cada vez mais distante do sonho da Democracia plena.
Corroboro, por completo, das suas opiniões.
"...Pobre país capturado por meia dúzia de endinheirados que navegam no mar da prosperidade e querem pôr os outros no mar das tormentas!..."

Pura verdade, fabuloso amigo de bem.
Bem-Haja pelo extraordinário sentir expresso com beleza.
Abraço sincero de amizade e respeito.

pena

MUITO OBRIGADO pela visita.
Bem-Haja, precioso amigo.
É pleno de sensatez e sobriedade, sabia?

Poesia Portuguesa disse...

Pois é... tempos vão em que a Democracia era uma forma de sentir em D grande...

É ver o "estado" da Nação sob todos os aspectos...

Concorco a 200%

Um abraço

Victor Gil disse...

Caro amigo.
Parece que o lápis azul está de volta. Quer dizer, o lápis rosa. O azul conheci eu e bem por dentro, porque trabalhei numa tipografia que editava um jornal da oposição monárquica que se chamava "Beira Baixa", e realmente não eram bonecos destes que mais os preocupavam. Era rapaz novo e fui muitas vezes com as provas ao censor, e enquanto esperava, apreciava a perícia com que o artista manobrava o célebre lápis azul. Um individuo quase analfabeto que comandava a Legião Portuguesa em Castelo Branco.
Agora somos censurados por políticos e outros quejandos que proliferam por aí. Já não há sentido de humor.
Um abraço
Victor Gil

José Leite disse...

maria teresa:

Maldito «demo» e a sua ditadura...

José Leite disse...

Caríssimo Amigo Pena:

A liberdade continua amordaçada. A justiça está reduzida a uma coutada onde dominam os plutocratas e os detentores de cargos políticos com certo estatuto. A chamada «nomenklatura...»

O sentido de humor é identificado como «insulto» por alguns visados, incapazes de medirem a sua pequenês, tão obnubilados pelo sol mediático, pela insensatez da plebe que os glorifica até ao paroxismo mais aberrante!

De bestial a besta o trajecto também é curto: veja-se o perfil de Vale e Azevedo, de Dias Loureiro, de Pimenta Machado, de Fátima Felgueiras, Ferreira Torres, Torres Couto, enfim, a procissão ainda vai no adro...

Bem haja, caro Amigo. Se Deus existe, desça da sua sonolência e faça abrir os olhos à populaça embrutecida e também ela ofuscada pela pandemia mediática!...

José Leite disse...

Poesia portuguesa:

O «estado da nação» é bem próximo do estertor... mas há que ter fé na cura! a esperança não morre jamais!

José Leite disse...

Victor Gil:

Lápis azul outra vez. Agora, são os tribunais, qual guarda pretoriana de alguns fulanos, cheios de pesporrência, arvorados em detentores da honra e da consideração, impolutas vestais, enfim, a fina flor do entulho...

Era uma vez Abril, d'esperanças mil!...