domingo, fevereiro 04, 2007

O CRIME DO PADRE AMARO: o seu regresso...


Eça crucificou a falsidade
Da Igreja, que ao amor entoa um hino
Mas... coarcta-o, fá-lo clandestino...
Amputando aos padres a liberdade!


Surgem pedofilias, sub-produto
Aberrante, hediondo, miserável,
Degradação mais vil e abominável
De rude animal... em estado bruto!...


Mas, porquê proibir o amor carnal
Aos padres, filhos do amor bem maturo?
Quando irá caír este ignóbil muro?!


Padre Amaro!, regressa a Portugal!
Abre as portas à Igreja do futuro!
Até Deus dirá: «Isto é amor-puro!!!»

Joteme

Eça de Queiroz, quis certamente ironizar e, quiçá, fazer um livro-tese. Ele era contra a castidade forçada dos padres, e, com o seu romance, lançou aos quatro ventos, com classe, sublime ironia, uma hiperbólica sátira aos costumes; e não perde actualidade...
A sexualidade, essa dádiva divina, está cativa de preconceitos tolos, de estultos anacronismos que levam a Igreja ao descrédito. Rememorar Eça de Queiroz, neste momento, é lançar uma lufada de ar puro (quem diria, Eça?!) no ambiente enfadonho que grassa nesta Igreja católica onde a pedofilia e a homossexualidade vão ganhando terreno perante a sátira de uma sociedade que já não se revê neste status quo....

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