A saudade também dói
É, da alma uma ferida,
Como um ácido, corrói,
Deixa marca bem sentida...
A morte, reles vampiro,
Desses, que tu detestavas,
Privou-te, com teu "retiro",
Da vida que tanto amavas.
Mas, a viver continuas,
No Povo, lá na garganta...
Quando se povoam ruas
E Grândola a gente canta!
Há que cantar Liberdade!
Coisa que faz sempre falta...
Há que animar a cidade
E fazer vibrar a malta!...
Vampiros, cada vez mais,
O Povo sugando vão,
Controlam os tribunais
Tidos por santos... já são!
Vampiros "dourados" passam
Por "santinhos" de respeito
No desporto só trapaçam
Atropelam tudo a eito...
Tem vasos comunicantes
Na Madeira, o vampirismo...
Passa de alguns governantes
P'ró venal clericalismo...
O vento da Liberdade
Já não sopra como outrora
No reino da opacidade
A censura sopra agora...
ZECA AFONSO, penso assim:
Portugal vampirizado
Por sanguessugas sem fim
É País sempre adiado...
Falar verdade não é
Virtude, mas sim defeito!...
Mentir, dá glórias até,
Preciso... é ter bom jeito!
Cada vez mais actual
ZECA, é a tua menagem,
Cada vez mais crucial
É mostrar tua coragem!
Matusalém
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