É preciso mudar! e muito, neste país que nos habituou a optar por despesismo supérfluo, por gastos exorbitantes sem contrapartidas palpáveis. Este bem grita: «Se Portugal não mudar, vai-se afundar!»
O binómio custo/benefício deve estar sempre em mente ao serem tomadas decisões. Isto é válido para um chefe de governo, como para um empresário, como para um chefe de família.
Há que ponderar o custo e o benefício e estudar alternativas para aplicação de um capital se o benefício for maior. O conceito de «custo de oportunidade» deve ser também equacionável.
Há tanta despesa supérflua que poderia ser eliminada e os recursos a ela afectos poderiam ser canalizados para algo bem mais rentável, mais urgente.
Se um empresário compra um Ferrari e depois se reune com os trabalhadores e lhes pede para pagarem esse bem com descontos nos seus salários, o que pensarão os trabalhadores desse empresário?!
Não pensarão bem, certamente.
Ora, esse empresário pode ser o governo de V. Excelência.
Como assim?!
Foi adquirido um Ferrari que pouca utilidade tem. É apenas um «brinquedo caro« no dizer do embaixador americano. Um artigo de luxo com pouco rentabilidade.
Esse Ferrari são os submarinos adquiridos por outros governos. O contexto economicofinanceiro do país degradou-se. Será que em termos de custo/benefício não haveria uma melhor aplicação para os dinheiros que custou o Ferrari?
Será que os submarinos produzem ( ou rendem...) de tal forma que o capital neles empregue se justifica?!
Os portugueses não são tolos. Eles sabem que pagamos juros caríssimos e todos os dias estão a crescer, por causa de actos estultos, de opções estratégicas levianas, por burrices pegadas...
Por que não se vende o Ferrari?! Os trabalhadorres portugueses vêem o seu poder aquisitivo baixar de forma brutal enquanto este capital sumptuário e parasita continua a ir por água abaixo?!
Mesmo perdendo algum dinheiro, é opção urgente vender os submarinos. Haverá compradores?
Certamente que há sempre países com poder financeiro robusto que não desdenharão adquiri-los. Nós temos uma justificação excelente; não é por má qualidade do produto mas simplesmente por opção estratégica.
O «patrão do Ferrari» é V. Excelencia, dr Pedro Passos Coelho. Os trabalhadores somos todos nós.
Avalie a situação e responda-me francamente: «será legítimo pedir aos trabalhadores que paguem o Ferrari do patrão?»
3 comentários:
Eu voto nessa!
Vendam-se os submarinos, talvez quem os comprou, como Ministro dos Negócios Estrangeiros, consiga arranjar comprador... :-))
Rosa.
Ninguém tem coragem de vender!Só a manutenção de toda a estrutura envolvente custa os olhos da cara!
o povo portugues sempre teve a mania da ostentaçã e estamos a pagar isto tudo
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