O vento traz lamentos desta gente
Almas peregrinando sobre o mar
Lágrimas permanentes a brotar
O fogo da saudade bem latente.
A noite à beira mar, melancolia,
Solidão recheada de epopeias
Heroísmos avulsos às mãos cheias
No ar, a mão de Deus, dia após dia...
Sortilégio do mar, sorte ou azar,
Vida e morte tão próximas, ligadas,
Por teias invisíveis, separadas,
Por caprichos do vento, vilão-mar...
Quantas viúvas choram com pesar
Quantos órfãos a noite vai ouvindo
Em pranto convulsivo explodindo
E... a noite, sem resposta p'ra lhes dar...
7 comentários:
...e a chispa de água no voltear da face disfarça. saudade doi.
Adorei seu blog.
Te sigo.
Abraço
Lindo o poema aos pescadores; é assim mesmo...o mar é maravilhosos, mas também consegue ser medonho; dá alimento , mas também tira a vida de quem o alimento trazia para casa; não se cansam os pescadores de se lançarem ao seu querido mar, mas este, de vez em quando, transforma-se em vilão e em vez de peixe dá amargura... causa solidão. Parabéns. Um beijinho e uma bela semana
Emília
Reconheço sua beleza, suas ondas gigantes, sua força, seu barulho, sua imensidão infinita. Tudo é lindamente apavorante!
Há muito mistério, sou apenas um pontinho nesta imensidão.
O mar é o que mais respeito na natureza.
Lindo poema.
bjs
Tais Luso
Muito respeito, muita consideração pelos homens do Mar! Uns valentes!
Povo de marinheiros,
sempre tão forte,
sempre tão bravo,
e que perante vagas mais mansas
baixa a cabeça
sofre vexames
como sendeiros...
Bonita homenagem aos homens do mar, nautas corajosos, que nem sempre saem vitoriosos da dura e constante peleja que é a sua vida. Quem dá o pão dá o ensino mas, neste caso, quem lhes dá o pão também lhes leva a vida. Quão injusto!
Beijinhos
Bem-hajas!
A saga dos pescadores, num excelente poema.
Gostei imenso.
Um forte abraço.
Vim retribuir a sua visita e o tão gentil elogio ao mu blog o qual alimento com odo meu carinho.
Obrigada. Seu blog também é ótimo.
Ah, por falar nisso gostei deste trecho:"No ar, a mão de Deus, dia após dia..."
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