Professor Eduardo Barroso, um leão lúcido que merecia ser presidente do SCP
A dupla Bruno vs Jesus na sua ânsia de fugir ao anátema chamado "bode expiatório"
contribuiram e de que maneira para o estado a que se chegou no reino dos leões...
Enfim, a polémica vida interna do glorioso clube de Stromp e de Peyroteo merece um estudo aprofundado. Há tempos o professor _Barroso (na foto) definiu magistralmente o problema que afeta o actual presidente: «Burnout».
De facto só quem tem conhecimentos na área pode compreender os desmandos e as tresloucadas posturas deste insigne cidadão. Ele já não está no seu estado normal, dirão alguns que se "passou". Outros dirão que é um psicopata, um mitómano, um louco.
Sejamos honestos. O aproximar do final da temporada coloca os presidentes e os treinadores sempre no fio da navalha. É como a época de exames para os estudantes. Quando o sucesso não é a meta atingida, então começa a caça ao "bode expiatório".
Aqui começa um calvário. O treinador, pago a peso de ouro e sem resultados palpáveis (apesar de várias manobras de bastidores que tresandam a atropelo à verdade desportiva...) começa a sacudir a água do capote. Por vezes são os jogadores os "bodes". Desta vez o "bode" foi o presidente.
E porquê? Porque mandava "bocas" e comentários agressivos, no facebook, além de molestar a intimidade dos atletas com mensagens de igual teor perturbando a tranquilidade e o repouso deles nas horas de descanso. O trabalhador não pode estar ao serviço da entidade patronal nesse repouso...
O que fez o alegado "bode expiatório"? Com medo de ser chamado à responsabilidade pelo insucesso toca de lançar a água do seu capote para cima do treinador e dos jogadores. O doping financeiro não surtiu efeito. O teor dos sucessivos /puxões de orelhas mediáticos também não. O efeito de boomerang surgiu com aquela atitude dos jogadores após o jogo de Madrid.
Aqui o stress falou mais alto. O estado de "burnout" atingiu também os atletas. Fartos de agressividade do seu presidente uniram-se e despejaram nele todo o ódio recalcado e acumulado ao longo da época. Casa onde não há troféus (vulgo pão) todos ralham e todos são réus...
Precisam de títulos como o drogado precisa de droga. Precisam de vitórias para alimentar a autoestima deles e dos sócios que também estão em "burnout". Os troféus funcionam aqui como sedativos, cautérios, narcóticos... Sem eles vive-se o estado de carência, e isso causa espasmos e convulsões...
Enfim, a depressão e o caos psíquico podem gerar violência. Vimos isso no caso "Mea Culpa" em que um empresário da noite, enciumado por causa do êxito de um rival, mandou "apertar com as gajas" e os executantes excederam-se e provocaram tragédia.
A "síndrome de Alcochete" tem algo de similar com a tragédia do Mea Culpa. Mandar apertar com os gajos foi interpretado (e executado) de forma excessiva. Foram longe demais. Depois, o alegado "mandante" (que ainda não se conhece mas toda a gente "adivinha" face ao teor de alguns episódios descritos nas cartas de rescisão de dois atletas: Rui Patrício e Podence), só se queixou da demora na chegada ao local das autoridades, não pediu responsabilidades aos responsáveis pela segurança do recinto, nem aos próprios executantes ... Estranho e revelador...
Voar sobre este ninho de leões exige conhecimentos no ramo. Daí que o professor Eduardo Barroso, com a sua influência, o seu carisma pedagógico e o seu savoire faire deveria ser colocado no pedestal que o Sporting Clube de Portugal merece. A sua atividade profissional ficaria em segundo plano pois este "doente" é prioritário. Um doente a ficar quase em estado terminal...
Assim pensa quem já analisou este paraíso de testas-de-ferro, de psicopatas ambiciosos e enraivecidos que usam todos os meios para se guindarem a pedestais para os quais não têm um resquício de formação.
j Leite de Sá
especialista em psicologia de massas...
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