sexta-feira, dezembro 22, 2006

Homenagem a uma Senhora.

(Riquita)

Era um tempo sem tempo p'ra pensar,
Senil colonialismo sem visão;
Havia um prisma único a aceitar
Toda a gente a comer do mesmo pão...

Se, por opção, não quis alinhar nisto,
Recorri à poesia, meu bordão,
Meu segredo, refúgio são e misto:
Exercício de acção-motivação...

Naquela escura noite, só negrume,
Surgiu imaculada flor: Riquita!
Platónica paixão subiu ao cume
Milagrosa welwitschia, tão bonita!

Angola era a Riquita, eu sublimava,
Me alimentava os sonhos, coisas boas,
Era a estrela polar que me guiava
Rumo à paz, à concórdia entre as pessoas.

Agora, na penumbra da memória,
Com muito afecto e muita admiração
Imagino a heroína desta história:
Mais bonita! Mais cheia de emoção!

Joteme
À Maria Celmira Bauleth, ex-miss Portugal,
natural de Angola, onde cumpri serviço militar.

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