terça-feira, junho 13, 2006

Amo-te, Bela Democracia!


Excelsa criatura, flor de Abril
Aroma liberdade te inebria
Capaz de seduções e sonhos mil
Vejo em ti a apixão-cidadania!

Atenta e vigilante noite e dia
Cuidado!, anda aí a ditadura!
Não deixes que a velhaca nostalgia
Saia da toca e faça uma loucura!

Jovem democracia, tem cuidado!
Tem orgulho e sê digna do passado!
Mostra a raça de Abril, que tens no olhar!

Sê digna do futuro desejado!
Bela democracia, por te amar
Muita gente morreu, há que lembrar!

6 comentários:

Menina Marota disse...

Estive por aqui, nesta ultima meia hora a ler-te.

Poderia dizer muita coisa do que pensei e senti, ao ler-te.
Mas não.
Dir-te-ei apenas que, voltarei.

Um bom dia para ti ;)

Menina Marota disse...

Voltei... (eu disse que voltava) para deixar aqui, um "miminho" de boas vindas à bloosfera.

"Dentro de meu pensamento
há tanta contrariedade.
que sento contra o que sento
vontade e contra vontade.
Estou em tanto desvairo.
que não me entendo comigo.
Donde esperarei repairo?
que vejo grande o perigo
e muito mor o contrairo.

Quem me trouxe a esta terra
alheia, onde guardada
me estava tamanha guerra.
e a esperança levada?
Comigo me estou espantando
como em tão pouco me dei;
mas cuidando nisto estando.
os olhos com que outrem olhei
de mim se estavam vingando."

(Bernardim Ribeiro, da Écloga de Jano e Franco)


;)

SentadaAoLuar disse...

Gostei mt deste teu cantinho, conto voltar mais vezes, entretanto, obrigada pela visitinha ao meu! :)

SentadaAoLuar disse...

Ahhh, e já agora, o Engº Sousa Veloso se foi o interveniente da história, pena não ter passado as imagens no TV Rural na época...eheheh

joshua disse...

Já há muito notei em si um admirável domínio do soneto.

Parabéns por isso e por sentir e denunciar o recrudescer de uma nostalgia viperina de amordaçamento fedossalazarento, sobretudo tendo em conta o que, em liberdade desejada e mal expressa, se foi sedimentando em séculos e revoluções sucessivas e também o pepel do Porto nessa luta e nesse sangue. Não há lideres providenciais. O que é providencial é o povo ter liberdade e dignidade. Ainda há muito a fazer nesse domínio simplesmente porque há mentiras que nos tutelam e deixam dormentes, como uma perna por longo tempo debaixo do corpo.

Joaquim Santos

www.joshuaquim7.blogspot.com

José Leite disse...

Nuna pensei que a minha declaração de amor tivesse tanto eco na blogosfera!
Amar, platonicamente falando, é difícil. Não há hedonismo mas existe um prazer profundo e duradouro que deixa uma marca indelével no carácter.
A minha esposa que me desculpe por esta "traição" mas a Democracia merece que a coloque num "altar"
bem rechaeado de flores...

À "menina marota", "sentadaaoluar",
a Joaquim Carlos Rocha Santos, esse guerreiro que desembainha a pena como o Nuno Álvares Pereira o fazia com a espada, o meu agradecimento pelo estímulo e a minha sincera fraternidade blogosférica... "A luta continua", a Poesia há-de triunfar!