Há dias ouvi um comentário sobre Miguel Sousa Tavares que me chocou. Pelo primarismo, pela ligeireza, pela desonestidade intelectual.
Dissertava ele sobre as prepotências e os excessos de Jardim. A pessoa em causa comentou: «Fala assim porque está casado com uma deputada do CDS e quer ajudá-la...»
Fiquei siderado. É assim este país. Até os ministros (alguns) estão imbuídos desta mentalidade canhestra e sectária. Veja-se o caso do ministro Relvas e a jornalista do Público...
O sectarismo e a falta de honestidade intelectual campeiam. Que me importa a mim que seja o Louçã, o Jerónimo ou Medina Carreira a fazer o comentário, o que importa é o conteúdo, a mensagem. Tantas verdades dizem as minorias que citá-las é imperioso em determinados momentos. Medina Carreira falou muito antes do tempo sobre as implicações da dívida soberana no contexto dos mercados financeiros. Ninguém lhe deu ouvidos, era um «Velho do Restelo»..
Respeito as pessoas seja qual for o seu quadrante ideológico, a sua opção política concreta, mas também sei que elas puxam a brasa para a sua sardinha em determinados momentos.
Quanto aos excessos na Madeira, mesmo os social democratas mais convictos não têm relutância em zurzir nas bizarrias jardinistas a todos os níveis: no linguajar, no endividar, no insultar...
Ganhar eleições é uma coisa bem distinta de ser cavalheiro, de ser idóneo, de respeitar a legalidade e as mais elementares regras democráticas...
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