Meu caro:
Peço-lhe que dispa a roupagem de banqueiro e assuma apenas a sua pele de cidadão comum. Coloque-se acima dos partidos, das filosofias, das tentações. Enfim, assuma uma postura de cidadão com sentido de Estado.
Assim, agora estou a vè-lo menos crispado, mais sorridente, mais aberto ao diálogo franco e espontâneo. Não vislumbro um resquício de medo no seu olhar. Porquê e para quê ter medo do Estado?! Não vale a pena, é preciso respeitá-lo, sim, criticá-lo até, mas nunca temê-lo. O Estado merece (ou deve merecer) a nossa atenção e até o nosso carinho institucuional.
Recear a intervenção do Estado na banca (uma forma encapotada de nacionalização... a pretexto de recapitalização... ver aqui) não é sinal de lucidez. O Estado pode e deve ser um parceiro útil e responsável nesta encruzilhada dificil. Exige-se-lhe racionalidade, supervisão atenta e responsável, mecanismos dissuasores também. O que se passou no BPN é um exemplo de que é preciso estar lá dentro alguém com olhar atento, senão o caos e o regabofe instalam-se.
Dar crédito a amigalhaços (ligações político-partidárias, mafiosas, ou pior ainda...) sem um suporte patrimonial credível e fundamentado é crime de lesa-economia, é atentado à mais elementar racionalidade económica. A «troika» não mandou os seus «eleitos» para brincarem mas para estarem de olhos abertos... e há tanto que ver, tanto que recriminar, tanto que corrigir.
A banca é um péssimo exemplo de gestão racional, saudável, criteriosa. É um pântano onde enxameiam rapaces, arrivistas de todos os matizes, sejamos sérios e intelectualmente honestos. O próprio PR clama por supervisão, clarividência, bom senso na sua gestão. Claro que depois do que sabemos sobre a sua conduta, esta postura tresanda a frei tomás...
Meu caro cidadão Ricardo Salgado:
O sector anseia por disciplina, por gestão virtuosa e não teme a transparência. Mas há quem tema, quem queira continuar a viver na opacidade para satisfazer caprichos, saciar clientelismos obscuros, delapidar recursos enchendo as algibeiras de testas de ferro que actuarão como factotum, nada mais que isso...
Contudo, o meu caro amigo não é desses, odeia a gestão danosa, o nepotismo estulto, a despesite aguda, o fartar vilanagem...
Um furacão há-de varrer tudo se não se tomarem providências regeneradoras atempadamente. O país precisa da «troika» e __ digo-o com forte convicção__ precisa uma uma verdadweira «perestroika»...
Que o Estado vista o fato-macaco da regeneração e comece já! É um imperativo nacional!
Respeitosamente, este trabalhador incansável na vinha do Estado
Rouxinol de Bernardim
militante da democracia
Peço-lhe que dispa a roupagem de banqueiro e assuma apenas a sua pele de cidadão comum. Coloque-se acima dos partidos, das filosofias, das tentações. Enfim, assuma uma postura de cidadão com sentido de Estado.
Assim, agora estou a vè-lo menos crispado, mais sorridente, mais aberto ao diálogo franco e espontâneo. Não vislumbro um resquício de medo no seu olhar. Porquê e para quê ter medo do Estado?! Não vale a pena, é preciso respeitá-lo, sim, criticá-lo até, mas nunca temê-lo. O Estado merece (ou deve merecer) a nossa atenção e até o nosso carinho institucuional.
Recear a intervenção do Estado na banca (uma forma encapotada de nacionalização... a pretexto de recapitalização... ver aqui) não é sinal de lucidez. O Estado pode e deve ser um parceiro útil e responsável nesta encruzilhada dificil. Exige-se-lhe racionalidade, supervisão atenta e responsável, mecanismos dissuasores também. O que se passou no BPN é um exemplo de que é preciso estar lá dentro alguém com olhar atento, senão o caos e o regabofe instalam-se.
Dar crédito a amigalhaços (ligações político-partidárias, mafiosas, ou pior ainda...) sem um suporte patrimonial credível e fundamentado é crime de lesa-economia, é atentado à mais elementar racionalidade económica. A «troika» não mandou os seus «eleitos» para brincarem mas para estarem de olhos abertos... e há tanto que ver, tanto que recriminar, tanto que corrigir.
A banca é um péssimo exemplo de gestão racional, saudável, criteriosa. É um pântano onde enxameiam rapaces, arrivistas de todos os matizes, sejamos sérios e intelectualmente honestos. O próprio PR clama por supervisão, clarividência, bom senso na sua gestão. Claro que depois do que sabemos sobre a sua conduta, esta postura tresanda a frei tomás...
Meu caro cidadão Ricardo Salgado:
O sector anseia por disciplina, por gestão virtuosa e não teme a transparência. Mas há quem tema, quem queira continuar a viver na opacidade para satisfazer caprichos, saciar clientelismos obscuros, delapidar recursos enchendo as algibeiras de testas de ferro que actuarão como factotum, nada mais que isso...
Contudo, o meu caro amigo não é desses, odeia a gestão danosa, o nepotismo estulto, a despesite aguda, o fartar vilanagem...
Um furacão há-de varrer tudo se não se tomarem providências regeneradoras atempadamente. O país precisa da «troika» e __ digo-o com forte convicção__ precisa uma uma verdadweira «perestroika»...
Que o Estado vista o fato-macaco da regeneração e comece já! É um imperativo nacional!
Respeitosamente, este trabalhador incansável na vinha do Estado
Rouxinol de Bernardim
militante da democracia
Um comentário:
Excelente!
Tomara que o Salgado leia e (re)considere.
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