A vitória de Rui Rio no recente ato eleitoral, por margem não muito expressiva trouxe uma ingrata tarefa ao vencedor. Primeiro, pacificar as hostes __ e todos sabemos que os alfacinhas não gostam d e lideranças nortenhas__ depois, enfrentar António Costa, que, quer se goste ou não, tem superado as expectativas quer em termos de eficácia quer de longevidade. Tarefa não menos árdua.
Observando do exterior e com isenção, sem facciosismos, a tarefa vai ser muito difícil. A economia aproveita o crescimento generalizado na zona euro e uma certa estabilidade, o mercado de trabalho vai evidenciando melhorias sensíveis__a todos os níveis__ o défice sendo reduzido paulatinamente, a única nuvem negra no horizonte é a dívida, mas mesmo essa, com os juros a baterem mínimos históricos, começa a deixar de ser aquele adamastor medonho que se afigurava há alguns anos atrás, obrigando à intervenção da Troika e seus epifenómenos.
A herança é difícil. O governo mantém liderança forte e estável, Centeno a liderar o eurogrupo poderá trazer, por arrasto, alguns benefícios, para a zona sul da Europa, sobretudo.
Contudo, Rui Rio tem mostrado resiliência e sageza na condução dos barcos. É um timoneiro sensato e prudente. Não gosta de despesismos estultos, não aprecia as pompas (as folias sanjoaninas de Gaia deram no que deram, e ele era contra...), da cultura, não prescinde da calculadora para saber se deve ou não apoiar, enfim, tem os pés assentes na terra e sabe que a economia é um barómetro imprescindível para um piloto, um apetrecho indispensável para quem segura o leme.
Oxalá o país possa beneficiar da sua postura. que não seja populista nem derrotista, que não pense no "quanto pior melhor", pois isso seria ser adepto da política de "terra queimada!
Que saiba ser positivo, construtivo e assertivo, são os votos de um cidadão independente que deseja o melhor para o país, esteja ao leme quem estiver.
jose sá
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