Estamos num estado de exaustão fiscal, ou seja, o limão foi espremido até aos limites...
Em vez de olharem para o que fez Holande, em França__ que cortou mordomias sem conta aos altos funcionários, benesses à Igreja, beliscou os interesses dos grandes milionários, cortou nos mecenatos fúteis e coisas similares__ em Portugal querem pura e simplesmente esmagar os salários... enfim, diminuír ainda mais a procura interna, estrangular o frágil mercado interno, deixar os portugueses ainda mais entregues a uma pauperização estulta.
Porque não seguem o alvitre de Miguel Cadilhe?! um imposto extraordinário de 3% sobre as grandes fortunas, capaz de amortecer um pouco a queda para o abismo __o tal «bom caminho» no caricato dizer de alguns iluminados...__ revitalizando a economia, diminuindo a anemia e gerando recursos capazes de reverter o rumo das coisas?!
Aparecem iluminados na TV , em horário nobre, debitando banalidades sem conta que até fazem sorrir os mais atentos ao fenómeno de estupidificação coletiva. Uns culpam a «inveja» como causa do nosso mal; outros apelam à «resignação» como forma de solucionar a crise... E são professores universitários, carregados de títulos académicos, incapazes de uma análise séria, profunda, pedagógica. Falam por falar, usam palavras redondas, ocas, imbuídos daquele sentimento de gurus com um sorriso triunfalista, como se fossem a quintessência, o suprassumo. custa-me ver antónio borges, que vi crescer como estudante, como pedagogo, enveredar também pelo caminho do esmagamento dos mais pobres como se fossem eles os carregadores do piano, ideais para permitirem a continuidade da música fúnebre enquanto o titanic nacional se afunda. Tolentino de Mendonça a fazer finca pé na resignação como desiderato para a SALVAÇÃO NACIONAL!!!
Estas criaturas aindam não vislumbraram que os países não podem ser tratados como empresas cotadas na bolsa, sujeitos aos rumores e às especulações do mercado? Há que proteger os países periféricos deste tsunami avassalador que tenta afogar a periferia para que o centro possa ficar ainda mais rico ? O pecado original da união europeia é este. Há que cortar o mal pela raíz senão a discrepância vai acentuar-se, os contrastes irão acentuar-se cada vez mais por mais esforços que se faça. Se é crime a usura, a agiotagem, para as pessoas singulares, por que não será também para os países alvo desta perversa arquitetura neoliberal que subjaz à união europeia?!
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