O professor António Borges foi escolhido pelo primeiro ministro para supervisionar o processo de privatizações em curso. Fê-lo no pressuposto de idoneidade, competência, escrúpulo e de bom senso que à partida seriam inquestionáveis. No entanto, a recente aceitação de um convite feito por Soares dos Santos para trabalhar em simultâneo, no seu universo empresarial__ apesar de ter merecido o beneplácito do primeiro ministro__ deixa muito a desejar no tocante a eventuais conflitos de interesse que poderão advir no futuro.
Defender os interesses do Estado por um lado, e o interesse de alguns eventuais interessados nas privatizações__ é sabido que Soares dos Santos lidera um conglomerado de interesses empresariais multidiversificados__não augura nada de bom para o futuro.
O país a ser chicoteado pelas agências de rating de forma despudorada, as acções a níveis altamente deficitários, num contexto miserabilista, é sabido que o país poderá ser vítima dessa situação. Impunha-se alguém completamente liberto de amarras privadas, alguém exclusivamente dedicado a esta hercúlea tarefa a fim de garantir um mínimo de credibilidade.
Destarte, o professor António Borges, ao aceitar trabalhar em simultâneo para duas entidades com interesses oponíveis, poderá ser vítima das circunstâncias. Não está em causa a sua seriedade e competência, está, isso sim, a eventual falta de liberdade de ação e limitações constrangedoras para quem deve atenção a dois «senhores: o Estado e a iniciativa privada.
À mulher de César exige-se sempre que além de o ser também o pareça...
5 comentários:
Absolutamente de acordo.
Um abraço e bom Domingo
Mas estes tipos do PSD nem parecem nem são, nem lhes interessa! É preciso é encher a blusa e os outros que se virem!
Mas depois vêm com a demagogia fácil como a do chefe - o Bugs Bunny!
saudadeeeee
excelente semana pra ti!!
bjs.Sol
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não me digas
que não me compreendes,
e que não sentes
aquela raiva nos dentes !
,
conchinhas,
,
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Cesar enviuvou... rss
abraço
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