terça-feira, novembro 06, 2018

Povo português, povo frustrado?







Há tempos um conhecido bon vivant da nossa praça,  dizia que o nosso povo era frustrado, não sabia viver a vida. Enfim, mais um insulto à inteligência nacional, mais uma ofensa à nossa gente.
Quando vemos dinheiros públicos malbaratados com eventos desnecessários,  demasiado pomposos e onerosos, quando vemos a dívida pública a subir e as contenções forçadas de gastos na saúde, na educação, nos transportes, nós,  só se fôssemos loucos,  é que não nos sentiríamos frustrados.

Agora sabe-se que as comemorações do Dia de Defesa Nacional custam três milhões de euros!
E há comemorações para tudo: Dia da Marinha,  dia do Exército, Dia da Força Aérea, Dia da PSP, Dia da GNR, enfim, esta saga de comemorações caríssimas são mais um rombo para o nosso erário público.

Para que servem? São imprescindíveis para a comunidade nacional, para a nossa gente?

Umas discursatas melífluas  de   uns pavões, para  aparecerem na comunicação social e pouco mais...
Frustrados, os portugueses?
Quem não estaria frustrado ao ver impunes os "gangues" da banca que continuam a viver em casas de luxo, aparecendo em eventos na comunicação social, em férias, nos locais mais aprazíveis? Esses, ainda gozam com o povo contribuinte a quem sugaram  até à medula, perante a  generosa protecção/conivência  de entidades de supervisão, também elas pagas para assim se portarem...
Jornalistas avençados, desportistas avençados,  até aquela múmia paralítica avençada por acções/trapalhadas  do BPN, digam lá  o que disserem, são  co-responsáveis  (alguns por omissão calculista) pelo pântano a que se chegou!É um crime a omissão de denúncia!

Acabe-se (ou reduza-se ao mínimo  indispensável) este forrobodó que envergonha quem paga os seus impostos e vive dentro dos limites impostos por um regime que levou o país à quase falência e pouco faz para sair deste atoleiro...

Comemorações e mais comemorações para tirar do tédio os pavões, e contribuiçoes  e mais contribuições   para dar milhões a essa corja de ladrões que mete o país em aflições!
É assim que nascem as revoluções!

José Leite de Sá

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