terça-feira, agosto 29, 2017

Esposende


O Cávado repousa em teu regaço
Moribundo, no mar entrega a alma...
Doce leito deixou, a vida calma,
Vai em paz, nessa tumba de sargaço!

Esposende, mocinha preguiçosa,
Qual gaivota feliz, filha da praia,
Sentindo o gosto a mar, até desmaia
Clímax de amor sem peias, donairosa!...

O vento bem reclama liberdade
Não quer prisões, amarras ou tutelas,
Penetra os corações destas donzelas...

Tostando ao sol na areia, na verdade
Fruindo com ternura a mocidade
Tão pura e mais brilhante que as estrelas!

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