quarta-feira, agosto 29, 2018

ANTEVISÃO DO PAOK VS BENFICA






A cerca de vinte e quatro horas do jogo decisivo na Grécia o que esperar do comportamento das águias?

Rui Vitória está a seguir modelos e filosofias de jogo muito bonitinhas,  com rendilhados de tecnicidade pura mas esquece o pragmatismo. Efeitos artísticos muitos, efeitos práticos, poucos...

Esquece que além da técnica é  preciso velocidade, poder de choque, poder de elevação.
Nos cantos não há prudência defensiva (devia haver pelo menos um defesa a cobrir as imediações dos postes) o que nunca acontece e desprotege o guardião.

No meio campo num jogo destes deve haver dois trincos (Feyja tem poder de choque mas é lento, faz falta um jogador rápido e com poder de elevação como  Alfa Semedo).

  A defesa tem fragilidades notórias. O defesa lateral esquerdo Grimaldo é excelente a atacar mas defende mal, por força de um posicionamento ofensivo constante e de uma falta de velocidade e de  poder de choque notórias. Precisa de ser dobrado com frequência e aí o papel dos trincos obviará a esse handicap.

  No ataque nota-se falta de músculo. Há tecnicismos e rodriguinhos muito bonitos mas falta velocidade de ponta e acutilância. Seferovis é, na minha modesta opinião, o jogador a ter em conta neste preciso momento.  Segura bem a bola, dá luta, centra bem e é construtivo. Rafa, com a sua criatividade e imaginação é o jogador ideal para entrar de início e criar livres à entrada da área ou forçar cartões amarelos aos adversários ou até um penalty se conseguir entrar na área. A sua velocidade é, poderá ser, uma surpresa.

Enfim, custa-me ver Rui Vitória levar as mãos à cabeça queixando-se da deusa Fortuna quando deveria olhar para os seus erros, e ver que alguns jogadores já não têm o fulgor do início pois foram levados até à exaustão em pouco tempo. Pizzi e Cervi são exemplos disso mesmo. só rendem em pleno meia hora...Ferreyra, após aquele choque violento com Jardel  que lhe provocou traumatismo craneano, ainda não recuperou totalmente. Só um ingénuo __ ou teimoso incorrigível__ como parece ser o actual líder encarnado, é que ainda não viu.

Continuar com o mesmo modelo de jogo (em casa e fora, contra fortes e contra fracos) é algo que prejudica a equipa como se viu na época passada. Será que não há ninguém que o alerte para esses aspetos?
Há alguns anos Kiki Fonseca (jogador mexicano que passou pelo Benfica e quase sempre no banco...) disse que foi abordado por um empresário que lhe solicitou dinheiro para poder jogar... No Benfica era assim... NUNCA DEU E NUNCA MAIS JOGOU!!! Não quero dizer que actualmente isso vigore.

  O 4-3-3 habitual deveria ser substituído por um 4-2-3-1 para causar surpresa e desorientação nas hostes adversas. Era bom ter um jogador a pressionar  (fazer "parede") o guarda-redes adversário,  nos cantos. Ele é bom a sair dos postes mas frágil nas bolas rasteiras...

Jogar sempre da mesma foram, com os mesmos atletas é  algo de  pouco eficaz e denunciador.

Errar é humano, persistir nos erros é algo de preocupante...

PS: PAOK 1  BENFICA 4

Finalmente entrou Seferovic de início. Foi importante a reter a defesa adversa e proteger a bola para a fornecer ao trio de centrocampistas. Jogando num original 4-1-3-1  e contando com a gazua Cervi na exprema-esquerda e Salvio na direita foi um espetáculo demolidor. O árbitro não teve medo do "pistoleiro" (presidente do PAOK que já fez umas cenas de pistola na mão atrás de um árbitro...) e apitou duas grandes penalidades justíssimas mas que muitas vezes passam em claro. O guardião germano-grego Odysseias Vlackodinos esteve brilhante com três defesas instintivas de alto gabarito. O melhor em campo foi Jardel, imperial nas alturas, marcando o primeiro golo de cabeça, dando origem a um penalty e cortando todas as veleidades dos gregos. Enfim, os deuses estiveram com os lusitanos...

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