terça-feira, maio 31, 2022

Luís Osório e o Emplastro...

 Texto de Luis Osório

«O “Emplastro” tem nome e é um ser humano
1.
Vimo-lo há uns dias a festejar mais um título do FC. Porto, mas também o poderíamos ter visto na Procissão das Velas, em Fátima ou na Queima das Fitas.
Poucos portugueses não conhecerão o “Emplastro”.
Mas poucos serão aqueles que conhecem o Fernando Jorge.
Sobre o que aparece atrás das câmaras nos mais variados acontecimentos desportivos e culturais, ninguém tem dúvidas de quem se trata.
Rimos, abanamos a cabeça, questionamos um pormenor ou outro, antecipamos onde estará a seguir.
O “Emplastro” não tem mistérios.
2.
Mas do Fernando Jorge muito pouco ou nada sabemos.
Nasceu no dia 25 de Abril.
E logo se viu que talvez não viesse a ser como as outras crianças.
No dia em que completou três anos, aconteceu o mesmo num outro 25 de Abril. Também logo se viu que aquele dia não seria igual aos outros dias.
Nasceu numa família demasiadamente pobre da Praia da Madalena, no Porto.
Ficou muito cedo órfão, mas uma avó conseguiu durante alguns anos ser o seu bocadinho de rede, o seu bocadinho de chão.
Foi trabalhar com pouco mais de dez anos para uma fábrica onde era valorizada a sua força de braços pouco ou nada normal para uma criança. Os seus bracitos levantavam máquinas como se tivesse o poder de carrego de um homem.
E o Fernando, a quem chamavam “Pintas” por causa de um sinal de nascença, era mais do que criança – ele era uma criança eterna.
Ingénuo.
Generoso.
Amigo.
O Fernando entregava o dinheiro à avó – o dinheiro da fábrica e das esmolas que pedia todos os fins de tarde na Igreja dos Congregados, na Praça de Almeida Garrett, no centro do Porto.
3.
Estou a escrever este postal para si que julga conhecer o “Emplastro”.
Quero dizer-lhe que o Fernando nunca aprendeu a ler ou a escrever, mas na CERCI dizia-se que sabia cortar, colar e pintar.
E sabia também sorrir e entregar-se aos outros sem perceber o modo como os outros o olhavam. Nuns casos abraçavam-no sem nada em troca, abraços genuínos de gente boa. Noutros, abraçavam-no para gozar o prato.
Chegaram a levá-lo para viagens de finalistas em Espanha, chegaram a enchê-lo de moedas para dançasse, para que pousasse para selfies alarves, para que fosse o monstro num circo de aberrações do princípio do século XX.
O Fernando deixa-se ir.
Gosta de ser gostado.
Para ele todos o adoram, gostam de si como ele gostou daquele passarinho que um dia tentou apanhar num poste de alta tensão na estação das Devesas, em Gaia. Muitos dias no hospital, uma queimadura importante na zona lombar e uma pergunta logo que saiu dos cuidados intensivos.
“E o passarinho?”
4.
Tem página na Wikipédia.
Costuma dormir nas redondezas do aeroporto Sá Carneiro.
Uma noite, depois de ter perdido a boleia da claque do FC. Porto que o levaria de regresso ao lugar onde dorme, o Fernando bateu à porta do Posto da GNR de Barcelos para ali poder dormir.
Foi um fartote, mas ao “Emplastro” não era possível dizer que não. Arranjaram-lhe cobertores para que a cela, por uma vez, fosse usada por uma criança (ainda por cima) eterna.
5.
O Fernando acredita em Deus.
Sempre que pode vai a Fátima ou entra nas igrejas onde o ajudam com moedas e conselhos.
Numa missa da RTP apareceu a ultrapassar toda a gente para tomar a hóstia em primeiro lugar, lembro-me de ter pensado que se Deus existir talvez aquela imagem seja simbólica.
Afinal, o Fernando, nascido num dia 25 de Abril…
… o Fernando Jorge que guarda num saco de plástico papelada que não mostra a ninguém…
… talvez seja até mais do que um ser humano.
Talvez seja uma criança eterna que existe para mostrar ao mundo o quanto olhamos sem ver, o quanto conhecemos sem saber, o quanto somos insensíveis ao que está para lá da superfície.» Fim de citação
LOEmplastro» sofre TRANSFORMAÇÃO INCRÍVEL e fica IRRECONHECÍVEL!
 Pode ser uma imagem de 3 pessoas, pessoas em pé e ao ar livre
 

quinta-feira, maio 12, 2022

Energia solar o caminho do futuro!

«Alqueva estreia maior parque solar flutuante na Europa
A EDP acaba de construir um novo parque solar no meio da albufeira do Alqueva, que irá começar a funcionar em julho, tornando-se na maior central fotovoltaica flutuante da Europa colocada numa barragem hidroelétrica.
De acordo com a agência Reuters, este projeto, que engloba 12 000 painéis solares flutuantes do tamanho de quatro campos de futebol, faz parte de um plano nacional da empresa para diminuir a dependência dos combustíveis fósseis importados, cujos preços aumentaram desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.
Segundo Miguel Patena, diretor de Inovação da EDP e responsável pelo projeto, o novo parque solar tem uma capacidade instalada de cinco megawatts (MW), custando um terço da eletricidade produzida numa central a gás.
Os painéis solares da albufeira irão produzir 7,5 gigawatt-hora (GWh) de eletricidade durante um ano, e irão ser complementados por baterias de lítio capazes de armazenar dois GWh.
A central solar vai fornecer energia a 1500 famílias, o que equivale a um terço das necessidades de Moura e Portel, duas povoações vizinhas da albufeira.
“Este projeto é a maior central solar flutuante numa barragem hidroelétrica na Europa, é uma meta muito boa”, afirma Miguel Patena.
É de notar que, na Europa, existem centrais fotovoltaicas flutuantes maiores do que a que foi instalada no Alqueva, mas nenhuma numa barragem. Em 2016, foi instalada uma central voltaica no reservatório de água Rainha Isabel II, perto do Aeroporto de Heathrow, no Reino Unido. Este último equipamento conta com 23 046 painéis e tem uma capacidade instalada de 6,3 MW. Mais recentemente, em 2021, foi colocada uma central solar flutuante num lago artificial nos Países Baixos, perto da cidade de Zwolle, e que conta com 73 000 painéis solares, tendo uma capacidade instalada de 29,2 MW.
Os painéis solares flutuantes não necessitam de terrenos para ser instalados, o que tem um custo associado. Além disso, os painéis colocados em reservatórios usados para gerar energia elétrica são particularmente eficazes em termos de custo, já que podem conectar-se com a rede elétrica existente no local. O excesso de energia gerada em dias soalheiros pode ainda ser usado para bombear água de volta à albufeira, e usá-la depois para gerar eletricidade em dias com nuvens ou à noite.
Ana Paula Marques, membro do conselho de administração da EDP, explica que o projeto no Alqueva faz parte da estratégia da EDP de “se tornar 100% verde em 2030”. Atualmente, a energia hidroelétrica e outras energias renováveis são responsáveis por 78% dos 25,6 gigawatts de capacidade instalada da empresa.
Recorde-se que, em 2017, a EDP já tinha instalado o projeto-piloto de um parque solar flutuante de 840 painéis na barragem do Alto Rabagão, em Montalegre. Este foi o primeiro na Europa a testar como é que a energia solar e hidroelétrica se podem complementar entre si.
A EDP tem já planos para expandir o projeto do Alqueva, tendo assegurado, em abril, o direito a construir um segundo parque solar flutuante com a capacidade instalada de 70 megawatts.»
 
In Tribuna do alentejo 
Fotografia de publico.pt
Alqueva estreia maior parque solar flutuante na Europa

 

quinta-feira, maio 05, 2022

Golpe d e Estado!!!

 Há rumores fortes de que na Rússia estará iminente um golpe de Estado para eliminar Putin e desenhar um novo rumo. Enfim, muitas purgas e perseguições podem dar nisto!!!


Há processos a militares por alegados desvios de fundos (quiçá uma estratégia para criar um bode expiatório na opinião pública descontente...) e elementos dos serviços secretos foram exonerados. Enfim, a opinião pública está como se fosse uma mola comprimida prestes a explodir a qualquer momento.


Novos episódios se aguardam no horizonte próximo....


VER AQUI:


https://zap.aeiou.pt/rumores-golpe-de-estado-russia-476980?fbclid=IwAR310ZULpBgyoDLjiKtlF2kz-P3lA2ftgMWGwRs6KF2TOouRCZvDjcMRYIg